InícioEmerson LuisEmerson Luis. Esporte: Viva Blumenau!

Emerson Luis. Esporte: Viva Blumenau!

A expressão era comumente usada por Luiz Henrique da Silveira.

Sempre no final de um discurso.

Depois de exaltar a união de lideranças políticas e empresariais da cidade onde nasceu, em 25 de fevereiro de 1940, a favor de uma causa.

Luiz Henrique da Silveira nos tempos de senador. Foto: Internet

Se vivo estivesse (faleceu durante o mandato de senador, em 10 de maio de 2015, vítima de infarto), mesmo atuando nos bastidores, duvido que o advogado, que também foi ex-prefeito de Joinville, governador, deputado estadual, deputado federal e ministro da Ciência e Tecnologia (no governo de José Sarney), seria conivente com tamanho insulto que Blumenau vem passando nas últimas semanas.

LHS quando governou o estado por dois mandatos. Foto: Internet

A pujante Blumenau mendigando apoio para o futebol.

Se humilhando para ser recebido pelo governador do Estado e pelo presidente da Fiesc.

O máximo que conseguiram os integrantes da Comissão da Câmara de Vereadores, criada para discutir a municipalização do Sesi, foi conversar com a vice-governadora Marilisa Boehm (PL), que é natural de Joinville.

Vice-governadora Marilisa Boehm ao lado do governador Jorginho Mello. Foto: SECOM

E com o presidente da Fesporte, o coronel do Exército Freibergue Ruben do Nascimento, que assumiu dia 15 de fevereiro no lugar do campeão olímpico de vôlei, Paulão.

Um menosprezo deprimente.

Paulão e Freibergue na troca de comando da Fesporte. Foto: Delamare de Oliveira Filho/Fesporte

LHS era um político raiz.

De ideologia e fidelidade partidárias.

Em 1970 ingressou no Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

Com o fim do bipartidarismo no Brasil, se filiou ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) em 1980.

Não pulou de galho em galho.

Algo tão corriqueiro hoje em dia.

Usei o exemplo de Luiz Henrique.

Tendo como base meu acompanhamento jornalístico em suas vindas para Blumenau, geralmente para inaugurar alguma obra, e consequentemente as entrevistas coletivas.

Mas já tivemos várias “raposas” (no bom sentido) na política local.

Assim como figuras relevantes e respeitadas no esporte amador.

Ramiro Ruediger foi prefeito e presidente da CME de Blumenau. Foto: Internet

Que tinham voz, moral, trânsito, influência, comprometimento…

Fosse no governo municipal.

Fosse no governo estadual.

Gente que passava a mão no telefone e resolvia o problema.

Ou ao menos marcava-se uma reunião para encontrar soluções.

Época em que só havia um partido: Blumenau.

Professor Lorival Beckhauser na Asselvi/Uniasselvi. Foto: Arquivo pessoal

No geral, políticos e empresários não gostam de investir no esporte.

Com raríssimas exceções.

A maioria não está nem aí.

Por isso que o futebol, especificamente, agoniza.

Estádio do Sesi deve ficar sem futebol pelo sexto ano seguido. Foto: Internet

A Federação segue tentando ajudar o futebol de Blumenau (e também se ajudar porque vai faturar mais nos borderôs).

Mas tem sido parceira mesmo.

Esticou a corda mais uma vez.

Aumentou o prazo para a confirmação da cidade sede para dia 31 (inicialmente era 29 de fevereiro).

Sinceramente, por mais que um ou outro corneteiro de plantão me chame de pessimista (eles adoram quem passa pano e bajula políticos/dirigentes de estimação), não acredito que alguma coisa irá mudar.

Blumenau e Orleans na final da Série C de 2017. Foto: Internet

O Blumenau já está conversando com o Juventus.

Para mandar seus jogos no estádio João Marcatto.

O que pega é ter de gastar, logo de cara, R$ 60 mil, porque Jaraguá do Sul não se encaixa no que a FCF classifica como região conurbada.

Estádio João Marcatto em Jaraguá do Sul. Foto: Internet

A conurbação é a junção de duas ou mais cidades, a ponto de ultrapassar os limites territoriais uma das outras.

Um exemplo é a Grande Florianópolis.

Blumenau até faz limite com Jaraguá do Sul, no entanto não se enquadra no padrão exigido pela Federação.

Uma encrenca.

Que redunda em dúvida sobre sua participação.

O Metropolitano precisou pagar o mesmo valor quando mudou seu CNPJ para Ibirama.

A propósito, o clube já deu sinais para a equipe de pintura e limpeza se apresentar nos próximos dias no Estádio Hermann Aichinger.

Jogo do Metropolitano em Ibirama. Foto: Internet

Com um agravante: os parceiros que estão junto com Francisco Battistotti estão analisando a situação.

Um investidor só aceita participar do projeto se o time jogar em Blumenau.

Metropolitano em ação no Sesi contra o Tubarão. Foto: Sidnei Batista

A negativa do Sesi só traz prejuízos.

Literalmente.

Faz o nosso futebol continuar na mesmice.

E se afundar ainda mais em dívidas.

Metrô e BEC na Série B de 2018 no Sesi. Foto: Internet

O que vem me intrigando, após ouvir dirigentes de Blumenau e Metropolitano, é a razão pela qual a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) ou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) não liberam o estádio de jeito nenhum.

Qual o verdadeiro motivo quando temos modalidades como atletismo, futsal, ginástica, handebol e vôlei – a natação saiu e está na AABB – usando as instalações há anos?

O futsal, inclusive, estreia nesta sexta-feira (22) na Liga Nacional, contra Carlos Barbosa.

Sem contar eventos como os Jogos da Primavera.

Existe um repasse da prefeitura de R$ 450 mil (renovado por mais 12 meses em fevereiro deste ano).

Time de handebol na Liga Nacional no Sesi. Foto: Internet

Por que o futebol foi excluído?

Gramado do Sesi precisaria ser aumentado em 5 metros. Foto: Emerson Luis

Por que nenhuma modalidade se solidariza?

Ou não faz nenhuma questão de se manifestar à favor da municipalização?

Estádio do Sesi não recebe jogos de futebol profissional desde 2019. Foto: Emerson Luis

Existe alguma ordem expressa para não comprar a briga?

Emerson Luis é jornalista. Completou sua graduação em 2009 no Ibes/Sociesc. Trabalha com comunicação desde 1990 quando começou na função de setorista na Rádio Unisul – atual CBN. Também atua como apresentador, repórter, produtor e editor no quadro de esportes do Balanço Geral da NDTV Blumenau. Além de boleiro na Patota 5ª Tentativa. 

 

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