Pacientes de Blumenau beneficiados com o programa Farmácia de Alto Custo vêm sofrendo com a falta de medicamentos. É o que conta Sônia Oliveira, moradora do bairro Itoupava Central.
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Diagnosticada com artrite reumatoide – doença inflamatória crônica que pode afetar várias articulações -, Sônia precisa fazer uso contínuo do medicamento Certolizumabe Pegol – remédio injetável que custa, em média, R$ 2.730. Ela já toma esse remédio há cinco anos.
Sem condições de comprar o remédio, Sônia se inscreveu no programa e passou a receber o medicamento de graça. O problema, porém, é que o remédio está em falta na Farmácia de Alto Cusco de Blumenau há dois meses.
“São duas doses por mês, e não tenho condições de comprar o remédio, porque seria algo em torno de R$ 5 mil por mês. As dores estão começando, e são muito fortes, então provavelmente vou precisar ir ao pronto-socorro, para tomar medicação na veia”, afirmou Sônia.
Procurada, a Secretaria de Saúde de Blumenau afirmou que os medicamentos padronizados da Farmácia de Alto Custo são fornecidos pelo Governo do Estado e pelo Ministério da Saúde, e que a Prefeitura é responsável apenas por manter espaço à disposição para a população.
Além do Certolizumabe Pegol, outros medicamentos estavam em falta na Farmácia de Alto Custo nesta segunda-feira (13): Acitretina, Ciclosporina, Dorzolamida, Formoterol/Budesonida, Mesalazina e Upadacitinibe. A Secretaria Municipal de Saúde destaca, porém, que alguns dos remédios em falta devem ser entregues pelo Governo do Estado e Ministério da Saúde nesta terça-feira (14).
A Farmácia de Alto Custo de Blumenau funciona no Centro de Saúde Rosânia Machado, localizado em frente a Policlínica de Blumenau, no bairro Itoupava Norte.
O que diz o Governo do Estado
Em nota técnica divulgada no início de fevereiro, a Secretaria de Saúde de Santa Catarina afirmou que não possui estoque do medicamento Certolizumabe Pegol no momento, e que ainda receberá um quantitativo referente ao 1º e 2º trimestres somente para os pacientes em tratamento. A expectativa é que situação volte ao normal em maio.
Segundo a secretaria, o desabastecimento se deve a dificuldades encontradas pelo Ministério da Saúde – que é responsável pela compra do medicamento – ao negociar com o laboratório que detém o registro do produto. “Houveram dificuldades no que diz respeito à negociação de preços e cronograma de disponibilização do medicamento”, destaca a secretaria em nota.
Por fim, a Secretaria de Saúde do estado indicou que os usuários do medicamento “busquem orientação do médico para buscar outras opções terapêuticas”.
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