Com sete casos registrados e outros 220 suspeitos, Santa Catarina adotou medidas drásticas para combater a propagação do novo coronavírus e declarou estado de emergência na noite desta terça-feira (17). Com isso, diversas atividades rotineiras da população – como ir ao shopping ou a um restaurante – estarão proibidas a partir desta quarta-feira (18).
Segundo o governador Carlos Moisés, a medida foi necessária após Santa Catarina registar transmissão comunitária do vírus; ou seja, quando não se sabe a origem da contaminação – o que pode multiplicar considerável o número de casos no estado. A situação foi anunciada por meio de uma entrevista coletiva realizada na sede do Governo, em Florianópolis.
Entre as principais mudanças estão a proibição de eventos de qualquer porte no estado pelos próximos 30 dias. O transporte intermunicipal e interestadual também não será realizado por sete dias. Até mesmo a entrada em hotéis será suspensa. Portos e aeroportos, porém, não foram afetados pelo decreto.
Além disso, o decreto determinou que as indústrias deverão operar com a quantidade mínima de colaboradores, assegurando assim a produção industrial no estado e garantindo a saúde e segurança dos funcionários. A decisão deverá ser melhor detalhada após reunião com as indústrias catarinenses.
Segundo o governador, objetivo é evitar que a população mantenha uma rotina normal em meio à pandemia do coronavírus e com isso assegurar uma queda no número de novos casos. Para isso, estabelecimento que registram um grande fluxo de pessoas – como restaurantes, shoppings e até academias – deverão fechar as portas por período indeterminado.
Em contrapartida, o decreto prevê que mercados, postos de combustíveis e farmácias continuem funcionando normalmente, assim como outros serviços essenciais para a população – como abastecimento de água, energia e gás. O cenário, porém, não deve ser de pânico, e sim de prevenção.