Essa coluna é publicada toda sexta-feira.
Tenho, portanto, sete dias para pensar em um tema.
Só que não consigo desligar no fim de semana.
Na segunda-feira já preciso estar com o assunto costurado na cabeça.
Além das fontes que vou consultar.

Decidi destacar o BEC.
Afinal, é o outro representante do futebol da cidade – embora sua sede seja em Indaial.
Além do que, terminada a participação frustrante do Metropolitano na Série B, as atenções se voltam para a Série C, que já começa dia 9 de setembro.

Logo de cara, nesse garimpo atrás de informações, fiquei curioso para saber quantos garotos remanescentes do time Sub-20 (vice-campeão estadual da Série C após duas derrotas para o Fluminense de Joinville) seriam aproveitados no profissional.
Bem como quantos atletas já estavam treinando.

Para minha surpresa recebi a seguinte resposta:
“Ainda não será divulgado. Apenas após a inscrição no BID”.
Não pode ser, pensei.
Vão repetir a estupidez da comissão técnica do Metropolitano antes da competição.
Que não passava a escalação dos titulares e dos demais relacionados para jogos-treinos.
Contra equipes de base, inclusive.
Deu no que deu.

Enviei mensagem para o presidente.
Que sempre me atendeu com respeito – princípio básico de qualquer relação.
Coloquei que esse tipo de postura é desnecessária e causa antipatia.
Que geralmente acontece quando não se tem uma pessoa responsável pela Comunicação.
Foi assim no Metrô (que depois contratou um profissional).
Está sendo assim no BEC (a ideia é fechar com alguém, em breve).

De qualquer maneira, a questão foi imediatamente resolvida.
Mesmo com Carlos Roberto de Oliveira (Caio) não estando diretamente envolvido com o futebol.
Decisão absolutamente sensata, pois essa não é sua função.
Ele segue atrás de patrocinadores, corre para liberar os laudos do estádio, mexe com a burocracia da SAF…
Evidente que a última palavra vai ser sua e do principal investidor.
Porém, o clube contratou um CEO para cuidar dessa área.

Trata-se de Lúcio Antônio Rodrigues.
61 anos.
Natural de Porto União.
Morador de Timbó.
O homem tem bagagem.
Estava comandando a base do Juventude RS.
Passou pelo Avaí entre 2001 e 2004 – chegou como gerente e assumiu a superintendência geral.
Criou em 2008 um projeto que levava atletas com cidadania italiana a clubes como Milan, Udinese, Empoli, Siena e Parma.
Em 2016, fez parte da MG4, empresa do ex-zagueiro Mauro Galvão, que ministrava clínicas de futebol pelo país.

O dirigente foi responsável por trazer um treinador que tem o perfil para lidar com jovens atletas:
Éverson Aguiar.
37 anos.
De 2005 a 2016 trabalhou na base do Juventude.
Foi auxiliar em três times do Rio Grande do Sul: São Gabriel, São José e Esportivo.
Sua primeira experiência como técnico foi no Panambi (Divisão de Acesso).

Em tese, dois caras certos para o projeto.
Até porque o estadual é Sub-23.
Onde sete jogadores acima dessa idade podem estar na súmula de uma partida, mas só cinco são utilizados.

Em tempo, chegaram 14 reforços.
Mais três contratações podem ser anunciadas.
Seis moleques do Sub-20 estão integrados.
Artilheiro da Série C com 8 gols, Luan May, não vai ficar.

Agenciado pela Nedana Football, de Florianópolis, que fazia negócios com o Blumenau desde o ano passado (o acordo foi recentemente rompido), o atacante deve parar no Velo Clube SP ou Ferroviária SP.
Para ganhar visibilidade, pode disputar a Copa São Paulo de futebol Júnior.
Seu passe está fatiado, como de praxe.
Entre o futuro time, a empresa da capital e o Blumenau, que vai ficar com um percentual, ainda não definido (ou não divulgado publicamente).
Business.
Luan é de Indaial.
Tem 19 anos.
Jogou na base do Figueirense e do Paraná, antes de retornar.

Não digo que o BEC tem a obrigação de subir.
Contudo, com apenas cinco concorrentes na parada por duas vagas, a missão fica menos espinhosa.

O problema é que não dá para errar.
O campeonato, conforme a tabela, é de tiro muito curto.
Só cinco rodadas.
Um mês para definir os semifinalistas.

Na teoria, o BEC/FME Indaial larga bem.
Vamos ver na prática.
Emerson Luis é jornalista. Completou sua graduação em 2009 no Ibes/Sociesc. Trabalha com comunicação desde 1990 quando começou na função de setorista na Rádio Unisul – atual CBN. Atualmente é comentarista do Programa Alexandre José, na Rádio Clube FM 89.1, nas segundas, quartas e quintas-feiras, às 7h40. Também atua como apresentador, repórter e produtor no quadro de esportes do Balanço Geral da NDTV RecordTV Blumenau. Além de boleiro na Patota 5ª Tentativa.
