InícioBlumenauAndré Cunha: O golpe da 123 Milhas; entenda como funciona

André Cunha: O golpe da 123 Milhas; entenda como funciona

A 123 Milhas anunciou que suspendeu todas as compras do pacote Promo Flexível de setembro a dezembro. Consumidores com viagens planejadas, com tudo marcado, ficarão sem nada. O pior é que foram avisados menos de duas semanas antes e ficaram surpresos.

A 123 Milhas funciona assim: vende passagens aéreas que ela ainda não tem, aplica o dinheiro que ela recebeu, compra milhas de pessoas físicas e converte em passagens aéreas.

No entanto, as companhias aéreas proíbem que os consumidores vendam as milhas. Isso até funcionou por um tempo, mas o problema começou a aparecer. Vamos analisar bem, uma empresa que vende passagem que não tem; compra milhas que as empresas aéreas não permitem; mas contratam influenciadores para atrair os consumidores. Como isso poderia dar certo?

A 123 Milhas propôs uma renegociação, que entrega um voucher que pode ser usado apenas no próximo ano, na própria empresa. No entanto, a empresa não tem mais credibilidade e com essa perda irá parar de vender, já que os consumidores não irão mais comprar dela. Assim, muitos consumidores irão perder dinheiro.

Portanto, a empresa evidentemente não tem condições de manter a prestação de serviço. O consumidor tem em seus direitos duas alternativas: ação judicial com liminar para execução do contrato ou devolução do dinheiro de forma integral. Mas atenção, em ambos os casos é possível entrar com uma ação por indenização por danos morais.

No momento, a 123 Milhas está oferecendo aos consumidores afetados pela suspensão somente a opção de reembolso em vouchers, ou seja, cupons para uso na própria empresa. A agência diz que está devolvendo os valores integralmente, “acrescidos de correção monetária de 150% do CDI, acima da inflação e dos juros de mercado”.

Os canais de comunicação para solicitar os vouchers são os sites da empresa ou através do WhatsApp verificado (31) 99397-0210.

Certamente essa é uma forma explícita de pirâmide financeira.

Neste ano, outra agência de viagens, a Hurb, foi alvo de processo administrativo sancionador da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), por cancelamentos inesperados de pacotes flexíveis, levando o governo a suspender a venda desses pacotes pela empresa.

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