A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) emitiu uma nota orientando sobre as medidas frente ao aumento de surtos de Síndrome Mão-Pé-Boca (SMPB) no Estado. O documento foi divulgado nesta quarta-feira (10) pela Secretaria de Saúde do Estadual.
A SMPB é uma infecção de origem viral, sendo causada por diversos enterovírus, principalmente o Coxsackie, caracterizada por pequenas feridas avermelhadas na cavidade oral, mãos e pés. Costuma acontecer na forma de surtos, acometendo crianças que frequentam creches e escolas, principalmente os menores de 5 anos. Em Blumenau, a Secretaria de Saúde Municipal já registrou esse ano 20 casos.
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Sinais e sintomas
Usualmente o período de incubação, que vai desde a transmissão do vírus até o aparecimento dos sintomas, é de 3 a 7 dias e manifesta-se com febre em torno de 38-39°C, embora alguns casos possam ocorrer sem febre.
O paciente pode apresentar, também, falta de apetite, dor de garganta, dor de cabeça, pequenas úlceras dolorosas dentro da boca, na língua, na parte interna das bochechas e gengivas, além de erupção (bolhas) de cor acinzentada com base avermelhada na palma das mãos, dedos e na sola dos pés durante 7 a 10 dias.
Na maioria das vezes não é preciso realizar exames complementares para diagnosticar a SMPB porque o quadro é bem típico e autolimitado, ou seja, melhora espontaneamente. O tratamento recomendado é sintomático e a orientação é para a criança aumentar o consumo de líquidos, repouso e alimentação leve.
Medidas de prevenção
As principais medidas de controle são o afastamento dos sintomáticos até resolução dos sintomas e a intensificação das medidas de higiene de mãos e do ambiente e superfícies, com especial enfoque em objetos compartilhados, como brinquedos, nos casos das creches, conforme detalhado a seguir:
- Lavar frequente e correta das mãos, especialmente após a troca de fraldas e de usar o banheiro (a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas);
- Limpar as superfícies e artigos incluindo brinquedos, primeiramente com água e sabão e então desinfetando com uma solução a base de alvejante com cloro/água sanitária (feita com uma colher de sopa do produto adicionada à 4 copos de água);
- Evitar o contato próximo (beijar, abraçar, dividir talheres e copos) com pessoas com a doença;
- Limitar a exposição das crianças doentes, mantendo as que apresentam sintomas afastadas da escola ou creche até o desaparecimento dos sintomas;
- Manter uma boa higiene ambiental e um sistema de ventilação adequado em recintos fechados;
- Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas;
- Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos.
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