por Luiz Guilherme Hostert Pereira
“Euphoria” é possivelmente o seriado mais relevante entre jovens adultos e adolescentes dessa geração, o que é não nada surpreendente, tendo que a produção da HBO conseguiu
ninguém menos que Zendaya, uma das personalidades mais influentes atualmente para
protagonizá-la, além investir muito na trilha sonora, figurino e estética visual da série, todos esses, fatores que a impulsionaram a viralizar logo em seu início em 2019.
A primeira temporada centrava-se na jovem Rue (Zendaya), uma adolescente complicada, lidando com traumas e dependência química, além de explorar a vida de demais personagens, mostrando de forma visceral diversos temas polêmicos e sensíveis lidados por jovens contemporâneos, como relacionamentos abusivos e cyberbullying.
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Dirigida por Sam Levinson, “Euphoria” foi amplamente elogiada pela crítica especializada, um feito raro para uma série que apela ao público jovem, inclusive concedendo à Zendaya dois prêmios Emmy por Melhor Atriz em Série Dramática. Porém, também recebeu desaprovação tanto por uma parte do público como de certos críticos pela maneira como escolheu retratar seus temas, mostrando cenas de sexo explícito entre os personagens adolescentes como é raramente abordado na tv, também sendo acusada de favorecer a “estética” do show ao seu roteiro, glamourizando as temáticas apresentadas.
Com a estreia da segunda temporada em 2022, as críticas à série ganharam mais espaço.
Sam Levinson manteve o controle criativo total do programa, se recusando a ouvir as
opiniões negativas iniciais e dobrando tudo que foi previamente reprovado. Tramas
importantes como o aborto de Cassie e o trabalho sexual ilegal de Kat foram ignoradas por
completo para dar espaço a um triângulo amoroso clichê e desnecessário que ocupou boa
parte da temporada. A maioria dos fãs se demonstrou frustrada com o desenvolvimento de personagens como Cassie e Jules, alegando que elas tomaram ações que nunca
considerariam na primeira temporada e que suas construções foram prejudicadas para criar
dramas superficiais.
A nudez desnecessária também aumentou consideravelmente, e foi vista por muitos como explorativa e imprópria. Enredos foram começados e deixados de lado sem explicação, como a dívida de Rue com uma traficante, e pelo histórico da série, não é certo que estes serão um dia retomados.
De modo geral, o elenco e a estética atrativa de Euphoria são as razões pelas quais o público a ama, porém sua integridade artística está seriamente comprometida, possivelmente por causa do egocentrismo de seu criador.
Rumores indicam que a terceira temporada iniciará com um pulo temporal de cinco anos, o que pode muito bem ser uma oportunidade para a série concertar seus problemas. O melhor também seria que a HBO não a alongue demasiadamente após essa temporada e a finaliza-se ainda em seu auge comercial.
por Luiz Guilherme Hostert Pereira
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