Por Luiz Guilherme Hostert Pereira
Desde o lançamento de “Homem de Ferro” em 2008, o Universo Cinematográfico da Marvel dominou as bilheterias mundiais com seus blockbusters amados pelas massas. Contudo, após o sucesso de “Vingadores Ultimato” em 2019, as marés parecem ter virado para os longas de super-heróis. Embora ainda alcancem grandes números, filmes como “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” e mais recentemente “Homem Formiga e a vespa: Quantumania” falharam em conquistar opiniões positivas de público e crítica e obtiveram quedas bruscas nas bilheterias após as semanas de lançamento, os colocando bem atrás de seus antecedentes.
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Os motivos desse aparente “cansaço” por parte da audiência são variados e já esperados
para quem anda observando de perto o clima na indústria do cinema. Primeiramente, já há
algum tempo filmes da Marvel vem sendo criticados por seguirem continuamente a mesma fórmula em suas produções, sempre se apoiando em arquétipos clichês e seguindo roteiros previsíveis. Obviamente, ninguém espera um clássico revolucionário quando vai assistir um filme de herói, porém mesmo para seus padrões nota-se um claro declínio de qualidade ao comparar filmes como “Capitão América” (2011) e “Os vingadores” (2012) com as películas atuais. Essa divisão é geralmente marcada por fãs pela estreia de “Guerra Infinita” em 2016.
Tentando combater os estereótipos negativos, a Marvel apostou em um filme menos
comercial e formulaico com “Eternos” em 2021, que apesar de uma arca competente não
vingou entre os críticos e audiência, apesar de manter um nicho pequeno de fãs. Outra razão para a decadência do MCU é simplesmente a passagem de tendências no cinema. Uma década atrás, os filmes de grande orçamento da Marvel com seus efeitos grandiosos e apelo nostálgico de personagens de quadrinhos era razoavelmente original, e a dedicação da empresa em construir cuidadosamente seu próprio universo e linha do tempo que, com cada filme se tornava mais complexa e se aproximava de uma conclusão proporcionava muita empolgação entre o público geral e fãs. Com a conclusão de muitos enredos em “Ultimato”, porém, o universo do MCU tornou-se confuso e sem direcionamento, perdendo um de seus maiores apelos.
Certamente está na hora dos estúdios perceberem que o melhor a fazer no momento é
deixar seu universo descansar para prevenir sua contínua saturação e daqui a alguns anos
produzir mais filmes para uma nova geração. Infelizmente é provável que projetos
continuem em produção independente da qualidade, até que estes deixem de ser
rendáveis.
Por Luiz Guilherme Hostert Pereira
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