Depois da Apan e Bluvolei nas Superligas A e B, respectivamente, a semana foi de estreia dos times de basquete em competições nacionais.
Ainda faltam futsal masculino (esse mês).
Handebol feminino e masculino (segundo semestre).

Na última quarta-feira (8), a Apab começou sua participação na Divisão de Acesso do Campeonato Brasileiro (NBB).
Com derrota.
Para Brusque: 59 x 71.
No próximo domingo (12), 16h, no Galegão, busca a recuperação contra o Araraquara SP.
O ingresso custa R$ 20.
Meia-entrada R$ 10.

Já na quinta-feira (9), o BFB encarou Santo André SP, no mesmo ginásio Sebastião Cruz.
E também começou com revés: 45 x 62.
Diante de 307 torcedores.
A média do basquete feminino na 1ª fase.
Com o agravante da chuva.
E falta de lugar para estacionar.

Se já é difícil encontrar vaga na Alberto Stein e redondezas em um dia normal, imagina com dois eventos simultâneos na Vila Germânica: Festival da Cerveja e Abertura da Páscoa.
Muita gente que não quer ou não tem condições de pagar um estacionamento privado acaba desistindo.
Tamanho o malabarismo para encontrar um lugar próximo.
O Galegão é um caso à parte.
Além de ser um ginásio que não tem uma quadra oficial, não possui um espaço para estacionamento.
Até o ano passado era possível deixar o veículo bem ao lado da Pró-Família.
Onde será construído o Centro de Convenções.

Agora as meninas farão dois jogos seguidos em São Paulo.
Dia 19, em Araraquara.
Dia 21, em Catanduva.
Por coincidência os dois próximos concorrentes se enfrentaram.
E o Sesi/Araraquara de João Almeida Camargo, construiu um placar elástico: 104 x 68.

A batalha do basquete é árdua.
Sobretudo do masculino.
Agora sem a parceria do Flamengo.
Que durou duas temporadas.

Gerou o vice-campeonato de 2021 com a derrota para o União Corinthians, de Santa Cruz do Sul RS.
E o 3º lugar em 2022, atrás de São José dos Campos SP (campeão) e Liga Sorocabana SP (vice).

Parceria que terminou em comum acordo.
Que serviu de aprendizado.
Afinal, vestir uma camisa tão pesada não deixa de ser uma rica experiência.
Contudo, voltar a usar a marca Blumenau como nome principal, é essencial para a consolidação do projeto.
Além de não dividir interesses e paixões.

Difícil fazer um vascaíno, botafoguense ou tricolor investir/torcer para o Flamengo/Blumenau.
Acredito até ter existido um certo desconforto dos dois principais patrocinadores.
Quem injeta dinheiro no clube é a prefeitura de Blumenau.
Não a prefeitura do Rio de Janeiro.
Quem também aplica sua verba em um dos seus representantes é a Federação Catarinense de Basquete.
Não a Federação do Rio de Janeiro.

Em qualquer proposta é preciso ter identificação.
Nisso o basquete masculino sempre teve com o Ipiranga.
Hoje em dia os treinos do adulto acontecem no Sesc na Vila Nova e no próprio Galegão.
No entanto, as atividades das categorias de base seguem no tradicional clube da rua São Paulo.
Com isso, a principal essência, a formação, permanece radicada.
Tanto é que Vinícius Gobbor, Lucas Lima e Andrezão, crias do Ipiranga, seguem na ativa.
Bem como outros moleques lapidados na Itoupava Seca que estão no mesmo caminho.

O basquete feminino, então, é um lapidador nato.
Das 13 atletas do grupo principal, seis passaram pela escolinha.
Um grande exemplo é a Helena.
18 anos.
Começou a jogar basquete no Vasto Verde com 6.

A irmã da Helena, a Giulia, outra revelada no ginásio Nelson Busarello, está de volta ao time, depois de defender São José dos Pinhais PR.
É um trabalho de continuidade moldado com muito esmero pela Associação de Pais.

Pois equipes como o Sampaio Corrêa, atual campeã da Liga, montam estrutura apenas para seis meses.
Depois tudo é desfeito e refeito.
Não existe iniciação.
Muito menos DNA.

O que é feito no basquete blumenauense (como também em várias modalidades coletivas) vale tanto como ou até mais do que um título.
Uma filosofia natural.
Paradigma nacional.
Emerson Luis é jornalista. Se formou no IBES/Sociesc em 2009. Trabalha com comunicação esportiva desde 1990 quando começou sua carreira no rádio de Blumenau. Atualmente é comentarista esportivo do Programa Alexandre José na Rádio Clube FM 89.1. Repórter e apresentador de esportes do programa Balanço Geral da NDTV/Record TV. E boleiro da Patota 5ª Tentativa.
