A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (14), a Operação Chapa Branca, para desarticular uma organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de drogas. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã de hoje em Balneário Camboriú, no litoral Norte.
A organização criminosa tentou utilizar os portos do Espírito Santo para enviar grande quantidade de cocaína para a Europa ocultada em pisos de mármore e granito.
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A investigação
A investigação teve início em outubro de 2021, quando a Polícia Civil apreendeu 350 quilos de cocaína que eram descarregados de um caminhão e que seriam, na sequência, ocultados numa carga de chapas de granito e exportados para a Europa.
Naquele momento, foram presos em flagrante um empresário e um ex-policial. Um terceiro homem, motorista do caminhão carregado com a droga, conseguiu fugir, mas foi identificado e capturado em São Paulo, sendo preso em cumprimento de mandado de prisão preventiva. Em razão da percepção de que se tratava de um caso de tráfico internacional, o caso foi encaminhado para a Polícia Federal.
A partir desse momento, foram estabelecidas medidas importantes de parceria com a Receita Federal, além do estabelecimento de ampla cooperação internacional visando obter junto a agências policiais dos Estados Unidos e Europa provas que pudessem ajudar a determinar os demais envolvidos na exportação criminosa que iria utilizar a estrutura portuária do Espírito Santo.
No decorrer da apuração, verificou-se que a droga fora adquirida na Bolívia e seguiria para o porto de Le Havre na França, de onde seria distribuída para outros países daquele continente.

Controlando a ação em solo nacional, estava uma das maiores organizações criminosas em atuação no país, liderada pelo traficante conhecido como o “Escobar Brasileiro”, considerado um dos maiores narcotraficantes do mundo em atividade.
Preso em 2022 na Hungria, ele é investigado em vários países pelo envio de toneladas de cocaína a partir de portos brasileiros, em especial os de Santos e Paranaguá, e tentava colocar o Espírito Santo como alternativa para esses embarques.
Com as medidas cumpridas nesta manhã, a Polícia Federal considera que todos os envolvidos no envio da carga apreendida em Cachoeiro de Itapemirim/ES foram identificados e agora seguirão a disposição da Justiça Federal para responderem ao processo criminal.
Crimes
Os investigados poderão responder pela prática do delito de associação para o tráfico, tráfico internacional e interestadual de drogas e, eventualmente, pela lavagem de capitais. Se condenados, as penas aplicadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
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