InícioEmerson LuisEsporte: Comprometimento que faz toda a diferença. Por Emerson Luis

Esporte: Comprometimento que faz toda a diferença. Por Emerson Luis

Já destaquei o tema aqui nesse espaço.

Reforçar nunca é demais.

Não fossem as Associações de Pais, muitas modalidades já teriam morrido.

Junto com o desejo dos filhos de se tornar um atleta profissional.

Apama foi campeã invicta da Taça Brasil. Foto: Jota Eder

A Associação Desportiva de Pais e Amigos dos Menores Atletas (Apama) deu exemplo de grandeza e ousadia ao sediar a Taça Brasil de Futsal Sub-14.

Competição que reuniu 10 representantes de nove estados:

– Paraná (ADAF/Cascavel)

– São Paulo (Lausanne Paulista/São Paulo)

– Minas Gerais (AABB/Belo Horizonte)

– Mato Grosso do Sul (Escolinha Pezão/Campo Grande)

– Bahia (Shekinah/Salvador)

– Ceará (Círculo Militar/Fortaleza)

– Pernambuco (ADESPPE/Recife)

– Pará (Clube do Remo/Belém)

– Santa Catarina (Clube Recreativo Chapecoense e Apama)    

Equipe jogou na quadra oficial do Sesi. Foto: Jota Eder

Pelo regulamento que mudou nesta temporada, todo time campeão estadual Sub-13 do ano anterior garantiu presença na Taça Brasil.

Como a APAFF de Florianópolis não tem mais equipe Sub-14, o CRC, como vice-campeão, herdou a vaga.

E a Apama (que terminou em 4º lugar em 2021) entrou como anfitriã.

Elenco e comissão técnica da Apama na Taça Brasil. Foto: Jota Eder

A Apama foi campeã invicta.

Sete vitórias.

Primeira fase:

5 x 0 ADAF PR

6 x 3 Escolinha Pezão MS

2 x 1 Lausanne Paulista SP

7 x 1 Círculo Militar CE

Quartas de Final:

8 x 0 Shekinah BA

Semifinal:

2 x 0 Remo PA   

Final:

2 x 1 CRC/Chapecó SC

Conquistas da Apama na Taça Brasil. Foto: Reprodução/Internet

Os números são ainda mais relevantes.

Melhor ataque: 32 gols marcados.

Segunda melhor defesa: 6 gols sofridos – um a mais do que o CRC SC.

Artilheiro: Pedro com 10 gols.

Pedro foi o artilheiro da competição. Foto: Jota Eder

Melhor treinador: Michel Schlosser.

Michel Schlosser foi escolhido melhor treinador. Foto: Reprodução/Internet

Troféu Fair Play: Time mais disciplinado.

Michel Schlosser e seus companheiros Robson Boni e Feliipe Coelho orientam time. Foto: Jota Eder

Um título merecidíssimo e inquestionável para quem atuou em quadra.

Mas também para quem esteve do lado de fora.

Pais, dirigentes, parceiros, patrocinadores, apoiadores…

Que não mediram esforços para levantar recursos para a realização do evento que durou oito dias no Complexo Esportivo Bernardo Werner.

Troféu de campeão da Taça Brasil. Foto: Reprodução/Internet

Um torneio desse porte, mesmo de base, custa caro.

R$ 75 mil.

Nada foi tirado do caixa da Apama.

A diretoria afirmou desde o início que não teria receita.

Por isso foi montada uma comissão de pais do Sub-14.

Todo mundo pegou junto e correu atrás.

Durante 10 meses.

Momento em que o time ergueu a taça de campeão. Foto:Jota Eder

O que tornou a Taça Brasil onerosa foi a falta de colaboração financeira da Confederação Brasileira de Futsal.

Ela que deveria ser a maior incentivadora, não ajudou com nada.

Para não ser “injusto”, a CBFS doou as seis bolas usadas nos jogos da marca Joma.

Que não podem ser utilizadas nos torneios estaduais porque a Federação Catarinense de Futsal tem parceria com a Pênalti.

A propósito, a FCFS também não auxiliou com nenhum tipo de recurso.

Equipe disputou sete partidas no Sesi. Foto: Jota Eder

A Secretaria Municipal do Esporte foi uma grande apoiadora.

Pagou a arbitragem.

De 12 profissionais (quatro de cada estado do Sul).

O valor dos 22 jogos da fase de classificação e o da final ficou em R$ 16,100.00.

As quatro partidas (quartas de final e semifinais) entraram nas despesas da organização: R$ 2,800.00.

A CBFS poderia ao menos ter bancado a arbitragem.

No mínimo.

O irônico é que a entidade cobra uma taxa de R$ 4 mil para quem recebe a Taça Brasil.

Apama em ação na quadra do Sesi. Foto: Jota Eder

A indignação aumenta quando se sabe que hospedagem (oito diárias em hotel), alimentação (almoço e jantar), transporte (de cidades do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina), e deslocamento interno dos árbitros, foram de responsabilidade da comissão de pais.

Fora ambulância, confecção, montagem e desmontagem de placas de publicidade, a logística das quadras – que precisavam estar prontas no dia seguinte para os Jogos da Primavera -, backdrop, gelo, água…

É uma bola de neve.

Jogadores da Apama durante a Taça Brasil. Foto: Jota Eder

A SME ainda pagou indiretamente o aluguel das duas quadras principais e a auxiliar de vôlei do Sesi – a competição mesmo sendo de base tem de ser disputada em um espaço oficial 40x20m -.

A diretoria fez um levantamento de R$ 10,200.00.

A secretaria costurou um acordo com a direção do Sesi que não envolveu valores diretamente.

Tinha horários de locações que foram autorizados para o evento.

Parte do armário de troféus da escolinha no CSU Garcia. Foto: Reprodução/Internet

Organizar qualquer festinha de aniversário de criança já é estressante.

Imagina um evento desse tamanho.

No entanto existe a compensação, a satisfação, a valorização.

A façanha é impagável e histórica.

Sede da Apama no CSU Garcia. Foto: Reprodução/Apama

Nesses 28 anos, a Apama foi hexacampeã estadual (2x no Sub-15, 3x no Sub-17 e 1x no Sub-20).

Foi campeã da Olesc e dos Joguinhos Abertos representando Blumenau.

Participou de cinco edições do Campeonato Brasileiro.

Nunca havia ido tão longe.

Reginaldo de Souza coordena o projeto. Foto: Reprodução/Internet

Todos os personagens envolvidos tiveram participação fundamental no sucesso da Taça Brasil.

Mas se tem alguém que merece este caneco é Reginaldo de Souza.

Que faz parte da Apama desde o primeiro dia.

Quatro anos antes para ser mais exato, pois nos tempos do futsal da Souza Cruz, o ex-goleiro já sonhava com em construir algo do gênero.

Reginaldo é um produtor de atletas, técnicos e sonhos.

Treinos acontecem no CSU Garcia. Foto: Reprodução/Internet.

Me identifiquei com a postagem do técnico Michel Schlosser após a celebração do título.

Destacou o peso da vitória.

Dividiu os méritos com atletas e sua comissão técnica.

Lembrou dos aprendizados.

Do esforço de todos.

Agradeceu os patrocinadores.

E não esqueceu da família.

“A batalha de vocês é muito maior do que a minha. Porque para ser um bom treinador, muitas vezes eu não sou o melhor pai, filho ou marido”.

O momento que ficará eternizado. Foto: Jota Eder

Uma ótima reflexão para um perfeccionista como eu.

Que jamais tinha me dado conta de sua dimensão.

Emerson Luis é jornalista. Se formou no IBES/Sociesc em 2009. Trabalha com comunicação esportiva desde 1990 quando começou sua carreira no rádio de Blumenau. Atualmente é comentarista esportivo do Programa Alexandre José na Rádio Clube FM. E repórter e apresentador de esportes do programa Balanço Geral da NDTV/Record TV.

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