O Congresso Nacional apresentou um pedido de reajuste dos salários de parlamentares e servidores para 2023. As emendas preveem a reserva de R$ 570 milhões no orçamento do ano que vem para permitir os aumentos, que podem ser, se aprovados, de R$ 370 milhões para a Câmara e R$ 200 milhões para o Senado.
Se a proposta passar, os salários dos parlamentares subiriam de R$ 33 mil para quase R$ 37 mil. O argumento para a correção dos valores é de que há recursos no caixa e que o Legislativo está há oito anos sem reajuste, já que o último foi dado em 2014.
O deputado federal reeleito, Gilson Marques diz ser contrário ao aumento e “diz que é um absurdo pensar em aumento de salário em meio a crise”. Ainda, segundo Marques, “os salários do judiciário e legislativo são atrelados aos respectivos tetos de ministros e congressistas”.
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Embora só assuma em 2023, o deputado estadual e federal eleito, Ismael dos Santos (PSD), também é contrário a proposta. “Não há clima para isso no país e também há razão que justifique isso, mesmo que digam que está há alguns anos sem reajuste”.
A redação tentou contato com a deputada federal eleita, Ana Paula Lima (PT), mas até a publicação da matéria, ela ainda não havia se manifestado.
Segundo um estudo divulgado em 2021 por pesquisadores das universidades de Brasília, do Sul da Califórnia e do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, todos os anos, cerca de R$ 24,7 milhões são necessários para garantir os salários e os benefícios para cada um dos 81 senadores e 513 deputados federais.
Ainda, a pesquisa comparou 33 democracias do mundo e concluiu que o Brasil é o país que mais gasta por parlamentar em comparação com a renda média do país.
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