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Esporte: Iniciação sem pressa e sem pressão, mas com qualificação. Por Emerson Luis

Conheci recentemente três polos de iniciação da Secretaria Municipal do Esporte (SME).

Vôlei no Luiz Delfino.

Karatê no Francisco Lanser.

E escalada no Ipiranga.

Escalada acontece no Ipiranga. Foto: Emerson Luis

O projeto na Itoupava Seca existe há dois anos.

No entanto, a parceria com a SME foi implantada há cerca de 60 dias.

São 38 alunos vindos de escolas municipais que praticam a modalidade olímpica.

Alguns, inclusive, ganharam medalhas de ouro nas duas primeiras etapas do estadual, disputadas em Joinville e Timbé do Sul – a última será em Balneário Camboriú, em outubro.

Escalada é feita com a supervisão da técnica Elisete Correia. Foto: Reprodução/NDTV Blumenau

A escalada possui uma estrutura profissional quando se trata de equipamentos.

Ao contrário do karatê que visitei com Ricardo Matyszim e Elson Campos Ferreira, diretor e gerente, respectivamente, da Iniciação Esportiva.

A responsável pelas aulas na Escola Francisco Lanser é Andreza Oecksler, que também começou na iniciação.

Os movimentos são feitos no pátio que fica ao lado do ginásio de esportes.

Direto na calçada, no cimento.

Polo do karatê tem supervisão da técnica Andreza Oecksler. Foto: Reprodução/NDTV Blumenau

Evidente que a filosofia é lúdica.

Sem pressa, sem pressão para moldar um futuro atleta.

Mesmo assim, essas crianças e adolescentes mereciam um espaço coberto.

E um tatame.

O karatê no bairro Tribess existe há seis anos.

Demonstração de karatê de alunos da ABK na Escola Francisco Lanser. Foto: Reprodução/NDTV

A modalidade é a que tem maior número de polos no programa: 21.

Seguido do futebol com 11.

E do futsal com 8.

Um dos polos do futebol fica na ADC Água Verde. Foto: SME Blumenau

A meta é ocupar a cabeça de meninos e meninas.

Tirá-las ou ao menos reduzir o tempo na frente de computadores e celulares.

Criar interesse.

Aplicar os benefícios de uma atividade física desde cedo.

Sem atropelar etapas.

Um dos polos do futsal fica no CSU Fortaleza. Foto: Reprodução/Spaca Blu

Fazer a lapidação, o polimento.

Pavimentar o caminho.

Formar atletas se possível.

Quem mostra tendência de evolução vai subindo degraus.

Se aprimorando, treinando, até ser inserido em jogos e torneios.

Natação acontece na AABB na Ponta Aguda. Foto: Reprodução/NDTV Blumenau

Conversei com Magnólia Corrêa.

A ex-atleta de atletismo é quem comanda o vôlei na Escola Luiz Delfino, no bairro Petrópolis.

Magnólia Corrêa é a treinadora de vôlei no Luiz Delfino. Foto: Reprodução/NDTV Blumenau

Com experiência e paciência vem descobrindo novos talentos.

Muitos já foram encaminhados para as escolinhas do Bluvolei e da Apan.

Uma metodologia técnica e exemplar.

João Pedro vai treinar no pré-mirim da Apan. Foto: Reprodução/NDTV Blumenau

De acordo com SME, Blumenau conta com 90 polos.

Distribuídos em 24 bairros.

21 modalidades.

2470 inscritos.

Aulas gratuitas.

Para a faixa etária de 4 a 17 anos.

Jiu-jitsu conta com quatro polos na Itoupava Central, Itoupavazinha e Jordão. Foto: SME Blumenau

A proposta é sensacional!

Contudo alguns números não batem.

Não vou citar o esporte específico para não queimar ninguém ou causar mal-estar.

Tem polo de determinadas modalidades “em atividade” que não foram retomados após a pandemia.

Só constam no papel.

Encontro no Clube de Xadrez no Edifício Catarinense. Foto: Clube de Xadrez de Blumenau

Fiz a pergunta na manhã desta sexta-feira (9) para um dos responsáveis.

Estou até agora no vácuo.

Uma falha que não tira, é verdade, o brilho do que é produzido.

Mas não justifica o erro.

É preciso jogar aberto.

Projeto para o skate ainda não saiu do papel. Foto: Reprodução/NDTV Blumenau

Bolão.

Ciclismo.

Ginástica Artística.

Handebol masculino.

Punhobol feminino.

Tênis de Mesa.

Xadrez.

Skate.

Capacitação do tênis de mesa na quadra do Lúcio Esteves. Foto: Secom

Essas são algumas das modalidades que por uma razão ou outra (equipamentos caros, falta de instrutores, de alunos interessados, de verba e de dificuldades de logística) não foram ainda contempladas.

Um problema grave (como um todo) é a ausência de pessoas com conhecimento em determinados esportes (ensinar xadrez, convenhamos, não é tão simples assim, embora esteja no radar para o ano que vem).

Tanto é que a prefeitura promoveu vários encontros para capacitar professores de educação física das redes municipal, estadual e particular.

Vários técnicos já ministraram cursos.

Como Ivo da Silva, Pedro Honório Nascimento e Alan Junior Melo do atletismo.

João Sendeski do badminton.

Maria Letícia e Paulinho Cardoso do futsal.

Sérgio Graciano e Ivan Bruno Maziero (Macarrão) do handebol.

Guilherme Henrique Gomes do tênis de mesa.

André Donegá do vôlei masculino.

Isolde Neitzhe e Cláudio Holzen do vôlei de praia.

Regina Ribeiro do xadrez.

Além do instrutor de skate Rogério Augusto Grohl (Lelo).

A ginástica artística encerra a programação no próximo dia 17.

André Donegá ensinou técnicas de vôlei. Foto: Sescom

Temos centenas de atletas que passaram por esse processo de introdução.

O caso mais recente de sucesso é o de Matheus Correa que trocou o futebol pela marcha atlética.

Na Escola João Durval Muller, no Ristov, no bairro Velha Central.

Antes de se tornar um atleta olímpico e conquistar vários títulos sob a batuta de Ivo da Silva, o marchador passou pelo crivo da professora Marina de Gang.

Matheus Correa esteve nas Olimpíadas de Tóquio. Foto: Reprodução/Internet

As habilidades motoras.

A memorização dos lances.

As repetições.

A tomada de decisões.

O espírito coletivo.

Tudo passa pela iniciação.

Crianças recebendo orientações de karatê no Francisco Lanser. Foto: Reprodução/NDTV Blumenau

É um trabalho essencial.

Que precisa de fortalecimento e investimento.

De preferência com gente habilitada.

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