Um homem foi condenado a mais de 30 anos de prisão por matar o próprio filho de apenas 3 meses em Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina. O Tribunal de Júri foi realizado nessa quarta-feira (27) e aceitou a tese do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
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O Conselho de Sentença reconheceu o crime de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima), e o Juízo fixou a pena em 30 anos, três meses e dois dias de prisão em regime inicial fechado.
“Esse é o júri mais difícil que já fiz em toda a minha carreira“, disse o promotor de Justiça. “Eu nunca tinha me deparado com um crime tão cruel. É difícil entender como um pai consegue fazer isso. Filhos esperam que pais sejam um porto seguro, e não seu algoz. Estamos diante de uma barbárie, que não pode ficar impune”.
Crime brutal
Conforme os autos, o crime aconteceu em 12 de fevereiro de 2021, quando o réu ficou responsável por cuidar do filho enquanto a então companheira trabalhava. Ele agrediu o menino com um tapa violento e com apertos brutais simplesmente porque não suportava o choro do filho.
Ao chegar do trabalho, a mulher se deparou com o filho desacordado e fez tudo o que podia para salvá-lo. Ela chegou ao ponto de parar na frente de um carro com o bebê para pedir ajuda, mas era tarde. A criança morreu de traumatismo cranioencefálico. Algumas horas após o crime, ela disse à Polícia que o então companheiro se irritava com facilidade.
O réu foi preso em flagrante, e teve a prisão preventiva decretada posteriormente. A mulher, por sua vez, decidiu retornar para sua cidade natal, no Pará, em busca de amparo familiar para superar a dor da perda do único filho.
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