De vez em quando me pergunto.
Todo mundo está errado?
E eu estou certo?
Seria muita pretensão pensar dessa forma.
De qualquer maneira vou seguir confrontando os fatos.

Dando murro em ponta de faca.

A maioria da classe esportiva se contenta com pouco.
Não quer se incomodar.
Quer garantir o seu.
Para aumentar a complacência, nada mais apropriado do que a municipalização do SESI – que só veio à baila na entrevista coletiva do governador Carlos Moisés e do prefeito Mário Hildebrandt, no começo da semana, porque o colega Rodrigo Vieira da NDTV fez a pergunta básica.

Sem pressão em Brasília, sem a aprovação do Conselho Nacional da Indústria para o fechamento da negociação, os mais de R$ 50 milhões prometidos por Carlos Moisés se evaporaram – agora em julho a FIESC deve ter uma posição.
De todo modo, o dinheiro só vai vir em caso de reeleição.
Pode ter sido uma estratégia.
Afinal, não há mais volta, dizem alguns políticos influentes na administração.
Até prova em contrário, sigo com um pé atrás.

O adiamento não repercutiu.
Não era a predileção da noite da última terça-feira (28).
Municipalização, aliás, que tem servido de bengala e álibi para mostrar que a turma está “unida e ativa”.

Durante a cerimônia da contagem regressiva de 100 dias para o início da Oktoberfest, vários investimentos foram anunciados na parceria entre governo do Estado e município.
O release da assessoria de Comunicação da prefeitura tem os detalhes do encontro na Vila Germânica.

Destaque para a ampliação e revitalização da Vila Germânica.
O balizamento noturno do aeroporto.
E a construção do Centro de Convenções.

Que será edificado no único espaço que restava de estacionamento para eventos no Galegão e na própria Vila Germânica.

Que já não foi usado na quinta-feira (30).
Na vitória de 87 x 72 do basquete feminino sobre Campinas, no jogo de ida dos playoffs da Liga Nacional.

Não vai fazer falta.
Quando a própria Associação do Basquete Feminino cobrava uma quantia básica de R$ 5, a maioria optava em deixar os veículos nas ruas.

Para não se cometer injustiça, durante as assinaturas no setor 4, o esporte também foi contemplado.
Com a vinda do Museu do Futebol.
Anexo ao Galegão.
A propósito, escrevi sobre a novidade aqui no Portal, em dezembro de 2021, com o título: “Um museu do futebol na cidade do esporte amador”.
Lá no texto tem os detalhes da proposta.

O Museu do Futebol será instalado no piso inferior do Ginásio Sebastião Cruz.
No momento o local serve como depósito de decorações e adereços dos eventos de Natal e Páscoa.

Por lá também se encontram carros alegóricos da Oktoberfest com problemas.
Paradoxalmente, nossa maior e mais famosa festa, ainda não foi contemplada com um museu para apreciação de sua rica e relevante história.

Muito menos algo do gênero para contar a trajetória do esporte amador.
Gestões anteriores da Fundação Municipal de Desportos (FMD) prometeram criar um museu naquele mesmo porão.
Ficou no discurso.

Será um processo de concessão.
De 20 anos.
A abertura da licitação deve acontecer no final do mês.
Definido o vencedor, o prazo de execução é de 12 meses.
Conforme documento, 10% da história do futebol local precisa ser exposta.

A ação é comercial.
A prioridade são os turistas.
Gente envolvida entende que o visitante terá curiosidade em conhecer o ambiente, pois o futebol tem peso e apelo.
Algo mais atrativo do que conhecer o legado da “cidade do esporte amador”.
Uma ironia.

Muitos troféus dos Jogos Abertos se perderam nas enchentes, é verdade.
Mesmo assim, falta é iniciativa.
Algo poderia ser feito no prédio da própria Secretaria Municipal do Esporte (SME).
Mirem-se no exemplo da Associação Blumenau de Karatê que produziu ano passado um belo acervo exposto por cinco meses em dois shoppings.
“É uma forma para que possamos valorizar muitos alunos/atletas que fizeram parte de nossa história.”
Foi o que comentou na época, em abril de 2021, o professor Vanderlei de Oliveira.

Pois, então.