A mulher que matou o próprio marido esfaqueado em Blumenau segue em liberdade um mês após o crime. O homicídio, praticado na noite de 16 e abril e descoberto somente na manhã seguinte, chocou a cidade pela crueldade da assassina, que foi flagrada pelas câmeras de segurança (veja o vídeo abaixo) arrastando e chutando a vítima, já caída no chão após ser esfaqueada.
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As imagens também mostraram a mulher limpando o chão ensanguentado e fugindo do local em uma moto minutos depois. O crime só foi descoberto na manhã seguinte, quando a mulher ligou para o advogado e comunicou as autoridades. O corpo da vítima então foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para perícia, enquanto as investigações tiveram início.
A suspeita só se apresentou na delegacia quatro dias após o crime, na tarde do dia 20 de abril – após o período que caracteriza flagrante. Em conversa com o delegado Ronnie Esteves, responsável pelas investigações, a mulher disse que estava sendo agredida pela vítima e que agiu em legítima defesa. Na sequência foi liberada, e permanece em liberdade até a conclusão do inquérito policial.
“Estamos aguardando a entrega do laudo pericial do apartamento e do laudo cadavérico (que aponta a causa da morte) para concluir o inquérito”, explicou o delegado. Somente após concluídos estes procedimentos é que a Polícia Civil poderá representar ou não pela prisão da acusada.

Família pede justiça
Enquanto isso, os familiares de Rafael Fug anseiam por Justiça. “A minha mãe tá bem mal com essa situação, não podemos nem falar o nome do Rafael”, explica Alessandro Schnaider, de 47 anos, irmão da vítima, em entrevista ao portal ND+. “Como eu posso, eu ajudo ela, mas não está fácil”.
Alessandro explica ainda que todos os amigos questionam pela demora nas investigações. “Todos os meus amigos me perguntam sobre o que vai acontecer”, disse. “Não sei mais o que dizer, porque todo mundo que viu o vídeo sabe que a prova tá aí. Mas a Justiça vê e não faz nada. Esperamos o julgamento dela, que ela vá presa, pelo amor de Deus. Fazem 30 dias que os peritos foram lá, nada explica essa demora”.