O Tribunal do Júri da Comarca de Balneário Camboriú condenou o ex-advogado Paulo de Carvalho Souza pelo assassinato de Lucimara Stasiak, morta com 16 golpes de faca e asfixia em março de 2019. O réu foi condenado a 18 anos e oito meses de prisão em regime inicial fechado.
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O júri condenou Paulo por homicídio quadruplamente qualificado: praticado contra a mulher por razões da condição do sexo feminino (feminicídio) no contexto da violência doméstica; por motivo torpe (ciúmes); ter sido executado por meio cruel; e de forma que impossibilitou a defesa da vítima.
Lucimara tinha 29 anos e era advogada. Ela morou, estudou e trabalhou em Blumenau. Natural do Paraná, ela morava em Florianópolis e atuava como consultora jurídica. Ela se formou em Direito na Universidade Regional de Blumenau (Furb). Entre 2005 e 2006, foi estagiária na Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Blumenau.

O crime
Conforme o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o réu controlava desde as roupas e amizades de Lucimara até os locais que ela podia frequentar, nutrindo um verdadeiro sentimento de posse sobre a namorada.
No dia 28 de março de 2019, o casal teve uma discussão, que culminou no assassinato da vítima. De acordo com as investigações, Paulo manteve o corpo da vítima no quarto do casal por uma semana, utilizando produtos químicos e gelo para mascarar o cheiro do cadáver. Diante de seu comportamento suspeito, os vizinhos acionaram a Polícia Militar.
No local, os policiais conversaram com Paulo, que disse que a companheira havia ido visitar a avó, em Blumenau. Com a insistência dos policiais, ele acabou confessando o crime. Ele ainda ameaçou tirar a própria vida, e, após 24 horas de negociações, acabou se rendendo e foi preso.