Desde quando se apresentou oficialmente, em 25 de abril, a preparação do Metropolitano para a Série B tem sido de um profissionalismo exemplar.

Dia 4, antes mesmo do início das atividades clínicas e físicas, a Assessoria de Comunicação anunciava a chegada do primeiro reforço:
Zé Carlos. 36 anos.
Nascido e revelado em Criciúma.
Um currículo pesado.
Sobretudo de títulos e de acessos.
Um bom sinal.

Arte com foto, informações sobre o histórico do atleta, último clube…
Tudo bem produzido.
Outro aviso positivo.

No mesmo dia era divulgada a volta de Abner (26).
Começou na base do próprio Metrô (2014).
Fez parte da campanha do rebaixamento ano passado.
Embora tenha atuado apenas três vezes.
Até rescindir e parar no Unirb da Bahia.

Também como destaque a vinda de Ronny (30).
Meia-atacante que despontou como craque no Criciúma.
Jogou no Vitesse da Holanda.
Voltou.
Desta vez para o Figueirense.
Foi bem.
Chamou a atenção do Palmeiras (2013).
Depois do Botafogo (2014).
A partir de então, a fase sofreu um grande declínio.
Rodou pelo país.
Chegou a participar da Série C pelo Atlético Catarinense de São José em 2020.
No ano anterior esteve em Curitibanos.
Até conseguir o acesso e ser vice-campeão no Camboriú.
As contratações não paravam.
Pela ordem:
Matheus Oliveira (25).

Cauê Silva (32).
Outro atleta rodado que apareceu no Santo André SP.
Por mais de uma década atuou no exterior (Portugal, Romênia, Azerbaijão, Israel e Japão).

Romão (32).

Elton (32).

Hitalo Rogério (33).

Alex Maranhão (36).
Outro com muita estrada.
Que conhece bem o nosso futebol.

Bruno Moura (29).

Willyan Sotto (28).

Caio Cesar (32).

Taygor (26).

Gustavinho (22).

Clayton (23).

Willian Alves (32).

Júlio (32).

Mateus Cata (23).

Henrique (22).

19 jogadores.
Mais os seis integrantes da comissão técnica.
Liderada por Rodrigo Cascca.

Jota Marinho.

Alex Lima.

Marcão.

Arlindo.

Mauro Ovelha.

Em seguida foram revelados os quatro garotos que seriam aproveitados após a disputa do estadual Sub 20:
Róger. Goleiro.
Pedro. Zagueiro.
João. Lateral.
Pablo. Meia.
Observação necessária de alguém que pertence ao clube.
Mesmo com a pior campanha entre os nove participantes.
Em oito jogos, só uma vitória (Caravaggio) e sete derrotas, como aponta a classificação.

Por fim, os três últimos contratados – ainda falta um centroavante.
Bruno Oliveira (21).

Pablo (22).

Mateus Jorge (24).

Um grupo cascudo.
Escolhido a dedo.
Para subir.
Perfil parecido com aquele que foi campeão em 2018.
Também montado por Cascca (antes de ser trocado por Mabilia).
Que enfrentou seus problemas internos.
Superados na reta final com dirigentes e parceiros daqui.
Que deixaram as picuinhas de lado, se uniram, passaram a sacola para pagar a premiação nos jogos decisivos e chegaram ao objetivo.

Só vamos saber se esse Metropolitano (pelo terceiro ano seguido sendo gerido por gente de fora) vai dar certo quando a bola rolar.
Com motivação no dia a dia.
Salário na conta.
Um projeto como esse, de quatro meses, não custa menos de R$ 1 milhão.
O futebol está caro demais.
Tudo tem um custo alto.
Começando com a transferência de jogadores.
Em tese, com a estrutura que vem sendo oferecida, com o planejamento executado com tempo, com o mapeamento de atletas realizado com paciência, o Metropolitano é um forte concorrente para ficar com uma das duas vagas, ao lado do Criciúma.

A manchete desta coluna não pretendeu, em nenhum momento, denegrir a imagem do BEC.
A foto de Romarinho, ao lado do pai famoso, teve como finalidade apenas traçar um comparativo de realidades dos nossos representantes.
Que são, de fato, nesse momento, muito distintas.
Quem está à frente do plano tem consciência que o elenco que está sendo preparado é para permanecer na Série B.
A estruturação é a médio e longo prazos.
O clube está passando por mudanças na diretoria.
Eduardo Corsini vai dar lugar a Carlos Roberto de Oliveira, o Caio, ex-jogador na década de 90, e coordenador das categorias de base do Joinville até o começo do ano.
Profissionais que trabalharam com ele no JEC, como Augusto Valentim (Lego), Elton Belz (que treinou o time ano passado, menos na final, após desentendimento com o presidente) e ainda Ivo Brehmer, presidente do Floresta de Pomerode (que ajudou a construir o time campeão e depois se desligou), estão juntos no processo.

A preparação começou na última segunda-feira (9).
O Blumenau portanto larga em desvantagem.
Até porque a segundona começa daqui a duas semanas.
Quatro meninos do Sub 20 – que acabou o campeonato em 6º lugar – vão ser aproveitados.

Oficialmente ninguém ainda foi anunciado.
No entanto, além de Romarinho, o departamento de Futebol confirma que outros 17 jogadores já estão na cidade.
Entre eles, dois zagueiros que começaram no Metropolitano.
João Marcos Campestrini.
28 anos.
Estava no Dourados do Mato Grosso do Sul.

Rodrigo Paganelli.
33 anos.
Veio do Real Noroeste do Espírito Santo.

Também está garantida a assinatura de Rafinha Potiguar.
22 anos.
Meia-atacante que participou de 10 jogos com a camisa tricolor ano passado.
Veio do Araku da segunda divisão do Paraná com sede em Maringá.

Romarinho, 28 anos, é a “estrela” da equipe.
O Blumenau será seu 11º clube.
Começou no Vasco.
Por último no Icasa.
Lá no Ceará jogou apenas 28 minutos em dois jogos até rescindir contrato.
No estado defendeu Figueirense e Joinville.
Nunca conseguiu se firmar.
Fugir da sombra do pai que foi um atacante acima da média tem sido um desafio.
Oxalá confirme de vez toda a expectativa criada.

Athirson será o treinador.
Foi apresentado em evento no Vasto Verde na quinta-feira passada (5).
Só que teve de ir embora.
Foi fazer um curso de treinador em Portugal.
Fato que já estava combinado previamente.
Se tudo der certo, o ex-lateral do Flamengo retorna dia 20.
Para comandar o time na estreia contra o Atlético Tubarão, dia 28, sábado, às 15h30, em jogo que abre a Série B.
Os demais confrontos serão dia 29 conforme a tabela.
Até lá quem ministra os treinos é o seu auxiliar William Pereira da Silva Santos.

Se depender de simpatia, alto astral e comprometimento, o BEC estará muito bem servido com Athirson.
Pensa em um cara humilde e gente boa.
Me rendi e tirei uma foto ao seu lado, após sua participação no quadro de esportes do Balanço Geral da NDTV.

São duas preparações opostas.
De um lado, um time trabalhando bastante, em silêncio.
Com nomes de peso para uma Série B.
Na outra parte, um time que ainda junta peças, que terá dificuldades para ganhar corpo.
Com alguns personagens famosos.
Que ainda precisam provar seu potencial na prática.
Mesmo assim, o público em geral, aquele desatento, que não pode ser rotulado como torcedor, pergunta muito mais sobre Romarinho e Athirson do que por Zé Carlos, Cauê Silva, Ronny, Alex Maranhão…
Marketing não ganha jogo, mas faz barulho.
Qual o eco que irá produzir vamos saber dia 24 de julho quando termina a primeira fase.
Que vai definir os oito classificados que vão brigar pelo acesso.
E as duas equipes que serão rebaixadas.