A Polícia Civil informou, em nota divulgada na noite dessa quarta-feira (30), que a prisão temporária dos investigados de assassinar Luna Nathieli Bonet Gonçalves, de apenas 11 anos, em Timbó, foi prorrogada por 30 dias. A mãe e o padrasto da menina estão detidos desde o dia 15 de abril.
Leia também: delegado fala sobre investigação da morte de menina de 11 anos em Timbó
“Tendo em vista a complexidade do caso, a Polícia Civil fundamentou a necessidade da prisão temporária como forma de impedir que os suspeitos interfiram na continuidade das investigações ao ter contato entre si e com outras pessoas envolvidas no caso”, destacou a Polícia Civil.
• Clique aqui e faça parte do nosso grupo de notícias no WhatsApp
“Após a conclusão das análises laboratoriais, em conjunto com a análise de dados informáticos, a Polícia Civil finalizará a investigação, possivelmente dentro do prazo de prorrogação da prisão temporária”, finaliza a nota.
Conforme os investigadores, há indícios de que os suspeitos tenham usado um relho – objeto usado para chicotear animais (veja a foto abaixo) – para agredir a vítima, que não resistiu aos ferimentos. O objeto foi apreendido e encaminhado à perícia, que investiga se o formato é compatível com as marcas encontradas no corpo da vítima.

Morte brutal
Conforme atestado de óbito, Luna – que já chegou mortal ao Hospital Oase – sofreu politraumatismo. Segundo o laudo, foram observadas lesões no crânio, baço, pulmão, intestino e também uma laceração na vagina da criança.
A menina morreu na madrugada do dia 14 de abril. Em depoimento, a mãe da criança confessou ter matado a filha com socos e chutes em represália a um relacionamento que a menina tinha. Diante dos fatos, a mãe e o padrasto da menina foram presos preventivamente e conduzidos aos presídios de Itajaí e Blumenau, respectivamente.
Relembre o caso
Luna deu entrada no Hospital Oase, em Timbó, já sem sinais vitais. A médica de plantão acionou a polícia depois de constatar que a menina apresentava diversos ferimentos, além de sangramento nas roupas íntimas.
Após confirmada a morte, a mãe e o padrasto da criança foram conduzidos à delegacia. Em depoimento, ambos argumentaram que a menina havia caído de uma escada. Ela não teria manifestado nenhum problema maior até a hora de dormir, quando, segundo os dois, teria passado mal.
No entanto, a autópsia teria revelado muito mais lesões internas e externas do que evidenciaria uma simples queda de escada, além de que a perícia encontrou marcas de sangue nas proximidades do quarto da vítima, no sofá, em uma toalha, fronha de travesseiro e em uma calça masculina.