InícioEmerson LuisEsporte: futebol (qualquer modalidade) é resultado, por Emerson Luis

Esporte: futebol (qualquer modalidade) é resultado, por Emerson Luis

Na minha trajetória na comunicação sempre ouvi essa máxima.

Um antigo parceiro de rádio e televisão, Cláudio Roberto Reinert (Peninha), usava muito a expressão em seus comentários.  

Que se caracterizava em mobilização de torcedores durante a semana.

Em casa cheia em dia de jogos.

Time do Blumenau em 1988 no estádio do Sesi. Foto: Reprodução/Internet

O BEC viveu essa fase.

O Metrô também.

Tanto é que o SESI ficou pequeno muitas vezes.

Faltaram ingressos tamanha a procura.

Isso vale não só para o futebol.

Jogo do Metropolitano no estadual de 2012 no estádio do Sesi. Foto: Jaime Batista da Silva

1979.

Há quem afirme que haviam oito mil pessoas na cerimônia de abertura dos Jogos Abertos no Galegão.

Cerimonial de abertura dos JASC de 1979. Foto: Reprodução/Internet

1985.

O Vasto Verde foi sede da Taça Brasil de Clubes de Basquete Feminino (que correspondia ao Campeonato Brasileiro).

Na época cabiam cerca de 1000 pessoas no Nelson Busarello.

A foto abaixo na comemoração do 3º lugar de Blumenau retrata bem como o público lotou as arquibancadas.

O elenco blumenauense contava com aquela que é considerada até hoje, a melhor jogadora do estado, a joinvilense Neusa Braga de Medeiros Nicolak.

O time comandado pelo técnico Alvaro Portugal ficou atrás apenas da campeã, a Associação Desportiva Unimep de Piracicaba SP e da Associação Prudentina de Esportes Atléticos de Presidente Prudente SP.

Neusa, companheiras e torcedores comemoram o 3º lugar. Foto: Arquivo pessoal

1995.

As atenções se voltavam para o basquete masculino.

Tempos dos norte-americanos.

Que também vieram no começo dos anos 2000.

Ginásio Sebastião Cruz sempre socado.

Quando seis mil pessoas, em média, assistiam os espetáculos.

Era a febre na cidade.

Ginásio do Galegão em um jogo do basquete masculino em 1995. Foto: Reprodução/Internet

2008.

Reinauguração do mesmo Galegão – que começou a ser construído em 1968.

Casa cheia.

Com a colocação de cadeiras, a capacidade foi reduzida para 3.062 lugares.

Construção do Ginásio Sebastião Cruz, projeto de Egon Belz. Foto: Reprodução/Internet

A principal atração foi o amistoso de futsal entre Blumenau e Jaraguá.

Uma ironia.

Justamente a modalidade (junto com o handebol) que não pode disputar lá uma competição oficial, já que foi cometida a imprudência de não mexer no tamanho da quadra.

Valor da obra: R$ 5 milhões.

Para efeito de comparativo, a Arena Multiuso de Jaraguá do Sul, custou R$ 17 milhões.

Tem capacidade para 8.500 lugares.

Galegão foi reinaugurado em 2008. Obras custaram R$ 5 milhões. Foto: Reprodução/Internet

2010.

No primeiro bom momento do vôlei masculino na Superliga.

Blumenau e Pinheiros SP.

Nosso ginásio municipal abarrotado.

Blumenau e Pinheiros pela Superliga de vôlei masculino em 2010. Foto: Jaime Batista da Silva

2014.

Grande momento do futsal na Liga Nacional.

A AD Hering ficou pequena nos duelos com equipes de ponta.

Ginásio da AD Hering lotado na Liga Nacional de Futsal de 2014. Foto: Reprodução/Internet

2017.

Final da Copa Santa Catarina.

Blumenau e Mafra.

Galegão em um momento mágico do futsal.

Muita gente voltou para casa por falta de ingresso.

Time campeão da Copa Santa Catarina de Futsal de 2017. Foto: Reprodução/Internet

2019.

Acesso da equipe de vôlei para a Superliga.

A torcida pegou junto na reta final.

Galegão lotado.

O auge foi o confronto contra Anápolis GO.

Torcida abraçou o time na reta final em busca do acesso. Foto: Raphael Guilherme Moser

2022.

Copa Brasil de Vôlei.

Os oito melhores times do país.

Todos os jogos (feminino e masculino) com bom número de expectadores.

Minas e Campinas pela Copa Brasil de Vôlei no Galegão. Foto: Sávio James

5 de março.

Superliga de Vôlei.

Apan e Sesi SP.

2300 pagantes.

Torcedores no jogo contra o Sesi no último sábado. Foto: Raphael Guilherme Moser

8 de março.

Apan e Guarulhos SP.

1470 entradas vendidas.

Uma queda considerável.

Apan e Guarulhos na última terça-feira no Galegão. Foto: Raphael Guilherme Moser

Todos esses eventos têm em comum duas coisas.

A fase do time da casa (resultados).

O peso do adversário (jogadores de seleção).

Foi assim em 1985 com Paula e Hortência.

Paula e Hortência estiveram em Blumenau em 1985. Foto: Reprodução/Internet

Em 1995 no mesmo basquete com o norte-americano Joe Small.

Basquete de 1995 contava com o norte-americano Joe Small. Foto: Reprodução/Internet

Em 2008 e 2014 com Falcão no futsal.

Falcão atende os fãs na AD Hering em 2014. Foto: Reprodução/Internet

Em 2010 com Giba.

Giba dando autógrafos no Galegão em 2010. Foto: Jaime Batista da Silva

Em 2022 também no vôlei na Copa Brasil com Visotto, Wallace, William…

Minas foi o campeão da Copa Brasil de Vôlei. Foto: Sávio James

Com Tifanny, Fernanda Garay, Camila Brait…

Sesi/Bauru foi campeão da Copa Brasil de Vôlei no feminino. Foto: Sávio James

No geral, não há um fanatismo pelo time local especificamente.

Isso se constrói com tempo, história e títulos.

A maioria segue a onda do que está fazendo sucesso e repercutindo.

Não raro exige a vitória do seu representante.

Como se fosse uma obrigação.

Mesmo sem saber qual o adversário que está do outro lado.

Se tem mais investimento, estrutura, condições de trabalho e/ou tradição, pouco importa.

Absolutamente normal.

Afinal, a mídia vaticinou que o torcedor tem sempre razão.

Deveria existir uma continuidade de apoio – se tornar sócio é o caminho ideal.

De qualquer forma melhor a oscilação na bilheteria do que ginásio/estádio vazios.

O torcedor ainda é a alma de um jogo.

Ginásio Sebastião Cruz em jogo de vôlei na Superliga. Foto: Reprodução/Internet

Parafraseando novamente o Peninha:

O esporte é como uma peça de teatro, você paga para ver o artista te alegrar, te divertir, fazer jus ao investimento.

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