Por Luiz Guilherme Hostert Pereira
Desde o lançamento do primeiro trailer, as expectativas eram muito altas para o lançamento de “The Batman”. Inicialmente o que chamou mais atenção foi a escalação de Robert Pattinson como Bruce Wayne.
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Aqueles que só o viam como o vampiro de Crepúsculo desacreditaram de sua capacidade para interpretar tal papel, mas quem o acompanha sabe que Pattinson dispõe de grande capacidade demonstrada em uma sequência de filmes independentes que o astro estrelou na última década, como o excelente terror psicológico “O Farol”.
De fato, Pattinson foi exemplar, compondo junto do diretor Matt Reeves um Batman recluso e deprimido, muito diferente da pose de playboy do bilionário que é mais reconhecida. Outra performance marcante é a de Zoë Kravitz, que trouxe a vida uma mulher-gato naturalmente carismática e atrativa. A aparição de vilões clássicos dos quadrinhos. como o Pinguim, traz um charme a mais ao filme.
O ambiente de Gotham City foi caracterizado com maestria. Junto à trilha sonora impecável (com destaque para Something In The Way do Nirvana, que se encaixa perfeitamente), o expectador pode sentir a podridão que se agarra a cidade.
O filme não traz cenas de ação em exagero e nem piadas fáceis, como os filmes da Marvel nos deixaram tão acostumados a ver. Ao invés disso constrói um cenário que se assemelha a um thriller de investigação criminal, fazendo o expectador montar as pistas junto de Bruce Wayne.
A exploração do lado “detetive” do personagem é muito bem-vinda. A revelação do vilão
funciona com eficácia e a cena final deixa um espaço empolgante para uma sequência. A única queixa ao filme é em razão a sua duração. As quase 3 horas de tempo de tela podem ser cansativas, e certos momentos do segundo ato poderiam ter sido cortados.
Em suma, “The Batman” é um filme excelente e talvez a tão esperada obra-prima na qual o universo cinematográfico da DC vem apostando desde o fim da trilogia do Batman de Nolan. Parece que filmes solos do morcego são sempre um tiro certeiro para a empresa.
