Voltar ou não voltar? O Governo do Estado realizou um levantamento com entidades econômicas e turísticas sobre a possibilidade do retorno do horário de verão. A posição das instituições é praticamente unânime pelo retorno do mecanismo de adiantar uma hora nos relógios durante a temporada. Neste trabalho, foram consultadas lideranças empresariais do setor de hospedagem, eventos, bares e restaurantes, comércio e turismo.
Segundo o presidente da Agência de Desenvolvimento do Turismo de Santa Catarina (Santur), Renê Meneses, os benefícios para o setor são diversos com o retorno da medida. Para ele, “além de diminuir os custos, o horário de verão traz para o turismo um aumento no fluxo de pessoas em um horário que propicia viagens, aquisição de produtos e também diversas outras formas de atividades turísticas, como bares, restaurantes e hotéis”, disse.
Também o secretário de Estado da Fazenda (SEF), Paulo Eli, destacou a importância da retomada da medida, sobretudo em tempos onde a crise no setor energético precisa de um incentivo que seja como uma luz no fim do túnel diante o risco, até mesmo, de um apagão. “Santa Catarina é favorável à mudança para horário de verão, pois iria minimizar a crise energética causada pela escassez hídrica”, completou
Quem é a favor?
A iniciativa também é defendida pelas principais entidades dos setores produtivos, como a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio), a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), e outras várias de alcance nacional com organizações no estado, como associações de agências de viagens, bares e restaurantes, eventos, além do Fórum de Turismo de Santa Catarina (Fortur).
Um dos que deixou a palavra sobre a medida foi o empresário blumenauense Emílio Rossmark Schramm, atual vice-presidente da Fecomércio. Schramm aponta, entre outros aspectos, o avanço no calendário de vacinação para reforçar a posição das entidades sobre o horário de verão.
“Pode ser uma medida estratégica para impulsionar a retomada do comércio, serviços e turismo no fim do ano. Com o avanço da imunização e a diminuição das medidas de isolamento, as pessoas se sentem mais seguras e podem usar o horário extra para diversas atividades, principalmente as relacionadas ao turismo, além de circular por mais tempo no comércio e consumir mais serviços”, explica.
O empresário complementa, ainda, que o Turismo foi um dos mais afetados pela pandemia, com perdas de 10,1% nos últimos 12 meses no Estado, além de muitos casos de empresas que acabaram fechando por conta das dificuldades enfrentadas nos períodos mais críticos da pandemia.
Relevância do dia prolongado
O horário de verão adia em uma hora o fim do dia e, além disso, tem relevância na diminuição do consumo de energia elétrica. O agravamento da crise energética, crescente em todo o país nos últimos meses, faz com que o retorno do programa seja discutido.
A medida foi extinta em 2019 e, de acordo com especialistas ouvidos por diferentes setores do grupo econômico do estado, garante um melhor uso da iluminação natural.