O prefeito eleito de Blumenau Mário Hildebrandt (Podemos) obteve a maior diferença percentual em relação ao segundo colocado desde 1988, quando o modelo de eleição atual foi designado na Constituição Federal. Ao todo, ele obteve 72,1% dos votos válidos no segundo turno, contra 27,9% do candidato João Paulo Kleinübing (DEM).
Os números superaram os registrados nas eleições municipais de 2012, quando Napoleão Bernardes (PSDB) foi eleito prefeito com 70,70% dos votos válidos, contra 29,30% de Jean Kuhlmann (PSD). A terceira maior vantagem foi registrada em 2008, quando o candidato derrotado em 2020, João Paulo Kleinübing, foi eleito com 63,67% votos ainda no primeiro turno.
Apesar da vantagem percentual, Hildebrandt não superou a quantidade de votos obtidos por Napoleão Bernardes em 2012: 129.392 contra 108.591. A quantidade de votos também foi inferior à conquistada por Kleinübing em 2008 – foram 112.509 votos válidos, o que lhe garantiu a reeleição ao cargo de prefeito.
A diferença é explicada pela quantidade de abstenções. Conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 76.681 eleitores não foram às urnas neste segundo turno – o correspondente a 31% do eleitorado blumenauense. Ou seja, três em cada dez eleitores não votaram neste domingo (29).
O número foi 114% maior que o observado no segundo turno de 2012, quando 35.757 pessoas não compareceram às urnas – ou seja, 15,5% do eleitorado da cidade naquele ano. Esta era, até então, a maior taxa de abstenção registrada nas eleições municipais de Blumenau. Já em 2008, 24.575 eleitores não votaram (11,5% do eleitorado).