Não significa que a falta de um ou outro medalhão implicará em um grupo limitado ou incapaz de conseguir o acesso.
Até porque não dá para julgar a qualidade de um time antes de vê-lo atuar e avaliar o perfil de cada integrante.
Tudo ainda é muito novo e vago.
Até mesmo para o assessor de Imprensa, recém contratado.
Tenho conversado com Gabriel Henrique.
Blumenauense, está motivado, quer mostrar serviço, mas ainda está se inteirando dos bastidores.
Na verdade seu trabalho é cuidar das mídias sociais do clube.
Já deu uma sacudida legal, sobretudo no Twitter.
Precisa criar intimidade com a bolerada no dia-a-dia e por extensão com a turma do microfone e da caneta.
As informações, por ora, se concentram na AS 27, responsável pelo gerenciamento do departamento de Futebol.
Tanto é que o histórico dos atletas, tão importante nesse momento, ainda não está pronto.
Não foi repassado.
Ou seja: sabemos pouco, ou quase nada, do perfil do grupo.
Um trabalho em silêncio, discreto, distante do torcedor.
Por isso mesmo, pelo que o Gabriel levantou (e que também pesquisei), dois jogadores são apontados como destaques.
Justamente os que fizeram os gols da vitória de 2 x 1 sobre o Joinville durante a semana no CT Morro do Meio- no primeiro teste 0 x 0 com o Barra.

Gustavo França tem 22 anos.
Foi campeão brasileiro pelo Internacional, ano passado, na categoria aspirantes (sub 23).
O atacante começou no Juventus SP antes de chegar ao colorado.
No início da carreira também passou pelo Floriana, um clube de Malta, arquipélago situado na região central do Mediterrâneo, entre a Sicília e a costa do Norte da África.

Guilherme Olavo também tem 22 anos.
O zagueiro começou no Athletico PR.
Passou pela base do Figueirense.
Jogou ainda no Marcílio Dias (2018), Bandeirante de Birigui SP e Lajeadense RS – onde Eduardo Costa teve a primeira experiência à beira do gramado.

O próprio Eduardo Costa é uma incógnita como treinador.
Gostei do seu discurso na apresentação do elenco, quando afirmou que “o time que ele comanda tem de ter a posse de bola, tem de ser ofensivo”.
Só que no Rio Grande do Sul na sua primeira experiência, o ex-volante trabalhou apenas por 52 dias.
Matéria do jornal Lance de 28 de agosto de 2019 conta os detalhes da sua saída.

O agora gestor André Santos disse no mesmo dia que esse período curto de treinamento (as avaliações médicas começaram dia 27 de setembro) é muito relativo, quando se trata de desempenho.
“Nos meus tempos de jogador já comecei uma preparação com apenas 20 dias de treinamentos e fomos campeões”.
Ok, é possível.
Só que entendo que o ex-lateral se referiu a uma competição longa, de pelo menos seis meses, onde existe prazo de recuperação.
A Série B deste ano é completamente atípica.
E com jogos em Ibirama.
Poderia ser em qualquer lugar.
Não teria interferência nenhuma por causa da ausência do torcedor.
Porém não custa ratificar o quão vergonhoso é para Blumenau não ter casa, ser um inquilino mambembe e pedir favor para um vizinho.

O torneio começa neste sábado (31) e termina em 13 de dezembro.
Finais nos dias 16 e 20/12.
Turno único.
10 times.
Nove jogos para terminar entre os três primeiros colocados que garantem vaga na elite de 2021.
Convenhamos, será humilhante se o Metrô não subir.
A estreia seria nesta segunda-feira (2) contra o Inter de Lages.
Mas conforme notícia publicada neste domingo (1) no Portal, seis jogadores testaram positivo para Covid 19.
Só 18 atletas foram inscritos para o primeiro confronto.
Lógico que um imprevisto como esse estava sujeito a acontecer, mas isso caracteriza um vacilo, um erro de planejamento logo de cara.
Logo, não foi possível regularizar todos os 24 jogadores (esse parece ser o número exato) na CBF.
Tudo tem um custo.
Inclusive os testes de coronavírus.
E pelo visto, a empresa tem injetado uma boa grana no projeto.
Retorno, por ora, nenhum.
A tabela completa está aqui.
De todo modo, o próprio Inter, Próspera, Camboriú e Hercílio Luz são os concorrentes diretos.
Guarani, Fluminense, Barra, NEC e Caçador vão correr por fora.

Uma pessoa ligada indiretamente ao clube me disse que “a equipe que foi montada é muito técnica, é para disputar a Série A”.
Muita calma nessa hora.
Na segundona, ainda mais nesse formato, se a moçada não entrar motivada, com sangue no olho, não chega.

A equipe de 2018 era qualificada.
Só que raramente dava espetáculo.
Na classificação geral ficou atrás de Fluminense, Camboriú e Marcílio Dias.
Contudo foi cirúrgica no mata-mata.
Fez o dever de casa.
Na ida da semifinal no SESI jogou demais nos 2 x 0 sobre o Camboriú.
E na decisão fez 3 x 0 contra o Marcílio Dias.
Na volta, entretanto, perdeu os dois confrontos.
2 x 1 no Robertão.
E 2 x 0 em Itajaí.
Sofreu, deu chutão, jogou feio.
E acabou campeão.
No fim, é isso o que importa.
Comentário atualizado às 14h50 de domingo (1).