A Prefeitura de Blumenau vai repassar o valor de R$ 5 milhões para a empresa responsável pelo transporte coletivo na cidade, a Blumob. A medida visa amenizar os impactos provocados pela pandemia da Covid-19. Nos últimos cinco meses, a concessionária atuou por 29 dias, mais os cinco dias desde o último retorno em 25 de agosto.
A decisão foi anunciada após uma reunião, ocorrida na manhã desta quarta-feira (2), na Prefeitura de Blumenau, com a participação de representantes do sindicato da categoria, Agência Intermunicipal de Regulação (Agir) e Blumob. O pagamento será efetuado em duas parcelas de R$ 2,5 milhões e terá que passar pela aprovação da Câmara de Vereadores, via projeto de lei.
No dia 21 de agosto, o juiz Raphael de Oliveira e Silva Borges, da 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Blumenau, já havia expedido uma decisão em que a Prefeitura deveria, em um prazo de 30 dias, juntamente com a concessionária, buscar uma solução definitiva para que o transporte coletivo volte à operar dentro da normalidade possível diante do cenário atual.
Em julho, a Agir já tinha determinado que a Prefeitura de Blumenau pagasse R$ 6 milhões por mês a Blumob para compensar as perdas com a suspensão do serviço. A sugestão da administração municipal é que o valor a ser repassado seja aplicado para o pagamento de salários dos colaboradores da empresa. Em contrapartida, a concessionária se comprometeu a estudar a ampliação de horários.
Retorno do transporte coletivo
O transporte coletivo foi retomado em Blumenau no dia 25 de agosto. A operação iniciou com escala especial para atender exclusivamente nos começos e fins de manhã e tarde, com regras rígidas para prevenir o contágio pelo coronavírus. O horário reduzido é para evitar a circulação de pessoas que não necessitam do transporte para trabalho ou assuntos médicos, além de levar em consideração a capacidade de atendimento da empresa.
Nesta primeira semana, entre os dias 25 e 31 de agosto, excetuando os fins de semana que não há operação, o transporte coletivo registrou 57.977 passageiros, com uma média de 11.595 usuários. Este dado representa 11,5% da média diária que era registrada antes da pandemia. Estes números geram mínimos patamares de receita a empresa, mas que são insuficientes para cobrir a totalidade dos custos da operação.