Muitos estudos têm sido feitos no sentido de encontrar o melhor momento para introduzir cada alimento nos bebês, principalmente os mais alergênicos: leite, ovos, soja, trigo (glúten), castanhas, peixe, amendoim e frutos do mar.
É importante saber que hoje já temos evidências que quanto mais tarde colocamos a criança em contato com algum desses alimentos, maior a probabilidade de ela desenvolver uma alergia. Portanto, a introdução de alimentos altamente alergênicos devem ser feitas a partir do sexto mês, podendo ser oferecidos oportunamente.
Isso por conta da janela imunológica, dos seis meses até um ano de idade. A diversidade de alimentos introduzidos na alimentação no primeiro ano de vida tem efeito protetor, pois diferentes antígenos alimentares influenciam no desenvolvimento de tolerância imunológica.
Por serem muito duras e pelo risco de engasgo, as oleaginosas (castanha, nozes, amendoim, amêndoa, macadâmia) devem ser ofertados na forma de “leite”, pasta, creme ou óleos. O leite de vaca possui proteínas de difícil digestão, portanto deve ser oferecido somente após um ano de idade, preferencialmente na forma de iogurte natural sem adição de açúcar.
Dada a suspeita de alergia, a recomendação é retirar o alimento por um tempo do cardápio da criança – e colocar de volta aos poucos, sempre observando os sintomas. Caso os sinais reapareçam, consulte um alergista (que fará a comprovação da alergia por meio de exame de sangue ou testes na pele, dependendo do tipo) que indicará o tratamento necessário, além de prescrever uma dieta adequada e livre do alimento alergênico.


Ana Cristina Hermann é formada em Nutrição pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) em 2012. Tem especialização em Nutrição Clínica Funcional e Fitoterapia pela PUC-PR e pós-graduação em Nutrição Materno Infantil Ortomolecular pela FAPES-SP. Atendimentos especializados em emagrecimento, fertilidade, gestantes, lactantes, bebês (introdução alimentar) e crianças.