O Poder Judiciário de Santa Catarina, diante do aumento de casos confirmados e de mortes causadas pela pandemia do novo coronavírus no Estado, irá manter os trabalhos no sistema home office. Das 16 regiões do Estado nesta semana, 12 estão em risco potencial gravíssimo e as demais em risco grave. Isso significa que 75% do território catarinense chegou à situação de alto grau de contágio da doença. Agora, os 295 municípios têm pelo menos um caso confirmado da Covid-19.
Para evitar a propagação do vírus, o Judiciário catarinense mantém as atividades à distância e faz suas sessões de julgamento por videoconferência. “Temos agora uma resolução que planeja o retorno gradual a partir do mês de setembro, mas no dia 24 de agosto faremos uma nova avaliação da situação e não é certo que voltaremos. Vai depender muito dos indicativos. Atualmente, os índices não são nada animadores. Pelo contrário. Esta situação nos faz muito cautelosos nesse momento em não autorizar uma retomada antecipada”, comentou o presidente do PJSC, desembargador Ricardo Roesler.
Durante o período de home office, a Justiça de Santa Catarina registrou 339.164 processos distribuídos , 410.598 sentenciados e 558.599 baixados no primeiro semestre deste ano. O índice de atendimento à demanda no período foi de 140%, o que significa uma resposta em ritmo maior do que a demanda recebida.
O Judiciário catarinense também produziu 380.166 acórdãos/sentenças desde o último dia 16 de março, além de mais de 30 milhões de movimentos processuais – quantidade superada apenas por São Paulo, que tem o maior tribunal do mundo em volume de processos.
