O Campeonato Brasileiro vai começar neste fim de semana tendo novamente o Flamengo como principal postulante ao título.
Vejo analistas cravando o clube carioca como favorito disparado.
Normal.
Afinal tem o elenco mais forte do país.
Um timaço!
Com peças de reposição.
Reservas que seriam titulares em quase todos os 19 concorrentes
Se a soberba não atrapalhar, deve sobrar.
Mas como tudo é cíclico e rotativo no futebol, outros problemas podem acontecer em uma competição tão longa e desgastante.
Muita coisa tende a mudar até 24 de fevereiro de 2021 quando está prevista a 38ª e última rodada.
Teremos só duas paradas entre o Natal e o Ano Novo.
Sete jogos abrem a disputa conforme a tabela.

Antes de mais nada é importante saber como o elenco vai absorver a filosofia de Domènec Torrent.
Cada técnico tem suas convicções.
Se o espanhol manter o feijão com arroz que foi muito bem temperado pelo português, as chances de levantar a taça novamente são grandes.
Registrado no BID, apto a ficar à beira do campo, o gringo adiantou que vai repetir a escalação e a concepção.
Qualquer um faria.
Agora se o gringo inventar, mudar radicalmente o esquema tático, e exigir demais da turma, a boleirada puxa o tapete do ex-auxiliar do Guardiola.
É assim em todos os lugares.
De todo modo, a chegada de mais um profissional estrangeiro é interessante.
O Flamengo já entra pressionado para ser campeão.
Pode sofrer baixas.
Os clubes precisam vender.
Bruno Henrique e Gerson seguem cobiçados por Jorge Jesus.
O Benfica chegou a oferecer 30 milhões de euros, R$ 185 milhões.
Mas avisou que os dois só sairiam por 75 milhões de euros, cerca de R$ 464 milhões.
Os lusitanos se assustaram.
Acionaram o Plano B, em Porto Alegre.

No momento, o Atlético Mineiro, justamente o adversário rubro-negro da estreia, neste domingo (9), às 16h, no Maracanã, é a equipe que mais se aproxima tecnicamente.
O Galo investiu pesado e pode aprontar.
O estilo kamikase de Jorge Sampaoli é uma atração à parte.
O Palmeiras ainda é forte, apesar da saída de Dudu.
Muitas vezes afirmamos que ninguém é insubstituível.
No caso paulista, por enquanto, não há nenhum jogador com as mesmas características.
Como Everton que vai fazer ainda mais falta no Grêmio após a negociação confirmada para o Benfica.
Era o ponto de desequilíbrio.

O resto corre por fora.
É o caso do Athletico, um oponente de respeito.
Está com muita moral.
Nesta lista dá para acrescentar, apesar das oscilações e imprevisibilidades, Internacional e São Paulo.
E até o Corinthians, um rival chato de ser batido.
Essa arrancada será sofrível.
Os times estão ainda engessados, sem ritmo.
O sempre badalado Campeonato Brasileiro começa sem graça, sem torcida.
Curioso para ver o comportamento dos atletas com estádios vazios, sem apoio, sem pressão, sem cobrança.
Veremos se torcida ganha jogo mesmo em alguns casos.
