InícioSaúdeSociedade Brasileira de Infectologia orienta abandono da cloroquina no tratamento à Covid-19

Sociedade Brasileira de Infectologia orienta abandono da cloroquina no tratamento à Covid-19

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou um documento solicitando que seja abandonado o tratamento com hidroxicloroquina para pacientes diagnosticados com Covid-19 em todo país. A publicação ocorreu na última sexta-feira (17) e tem como base dois estudos internacionais que mostraram não haver qualquer benefício clínico com o uso do medicamento.

No primeiro estudo avaliado pela entidade, que ocorreu simultaneamente nos Estados Unidos e no Canadá, o grupo que recebeu a hidroxicloroquina não teve nenhuma melhora em comparação com pacientes que receberam placebo – uma preparação neutra e sem efeitos farmacológicos. Nessa mesma observação, 43% dos pacientes que receberam a cloroquina tiveram efeitos colaterais como problemas gastrointestinais, dor abdominal, diarreia e vômitos.

A outra parte da pesquisa ocorreu na Espanha e teve como objetivo avaliar a redução da carga viral e da diminuição dos sintomas, além da hospitalização. Porém, nenhum benefício foi detectado pelos médicos que acompanharam o processo. A pesquisa foi realizada com 293 pacientes e publicada no periódico científico Clinical Infectious Diseases. Após 28 dias de uso da substância, 25,7% dos pacientes morreram, em frente a 23,5% dos que receberam outro tratamento.

No texto publicado pela SBI, os infectologistas enfatizam que a hidroxicloroquina não é eficaz nem na prevenção da Covid-19, muito menos na cura da doença. Além disso, os especialistas orientam que agentes públicos, incluindo municípios, estados e o próprio Ministério da Saúde “reavaliem suas orientações de tratamento, não gastando dinheiro público em tratamentos que são comprovadamente ineficazes e que podem causar efeitos colaterais.”

Ainda no documento, a SBI solicita que “os recursos públicos sejam usados em medicamentos que são comprovadamente eficazes seguros para pacientes com sintomas do novo coronavírus.” Alguns remédios estão em falta no país, como é o caso de anestésicos usados nas internações em UTIs, além de testes rápidos. Por fim, os infectologistas recomendam o distanciamento social, uso de máscaras e higienização frequente das mãos.

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