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Quatro pessoas são presas na Operação Oxigênio, incluindo o ex-secretário da Casa Civil

Quatro pessoas foram presas na manhã deste sábado (6) na segunda fase da Operação 02 (Oxigênio) desencadeada por uma força-tarefa que investiga crimes contra administração pública na compra de 200 respiradores por R$ 33 milhões pagos pelo Governo do Estado de forma antecipada, sem exigência de qualquer garantia. Outros dois suspeitos ainda não foram localizados, mas as buscas continuam ao longo do dia em Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo.

Em coletiva de imprensa online, representantes do Ministério Público (MPSC), do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da Polícia Civil divulgaram alguns detalhes sobre os trabalhos desenvolvidos até agora, porém com muitas ressalvas devido ao sigilo das investigações. Sabe-se que foram detidos o ex-secretário da Casa Civil, Douglas Borba, o advogado Leandro Barros e o presidente da Câmara de Vereadores de São João de Meriti (RJ), Davi Perini Vermelho.

De acordo com o coordenador da força-tarefa, o promotor de Justiça Maurício Medina, as prisões foram necessárias neste momento para garantir os esclarecimentos dos fatos. “Sabemos que os investigados vinham destruindo provas, apagando conversas. Devido à gravidade dos crimes que foram praticados, efetuamos as prisões para impedir que o grupo continuasse atuando, pois os suspeitos tinham negócios em outros estados da federação e poderiam provocar mais prejuízos aos cofres públicos”.

Segundo o coordenador estadual do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Alexandre Graziotin, a investigação evidencia que os aparelhos foram adquiridos sem que eles estivessem efetivamente disponíveis para o Estado. “Desde sempre já se sabia que esses respiradores não chegariam a Santa Catarina”, declarou. Além disso, o TCE constatou que houve um grande sobrepreço, pois uma pesquisa apontou que cada aparelho custaria, no máximo, R$ 88 mil cada.

Investigações

A primeira fase da Operação 02 ocorreu no dia 9 de maio, em quatro estados brasileiros: Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso. Desde então, mais de 30 pessoas foram ouvidas, gerando mais de 40 horas de depoimentos. Foi com base neste material, que surgiu a segunda fase da operação. “Provas apontam para uma organização que se aproveitou desse momento de pandemia para obter vantagens financeiras às custas dos cofres públicos”, afirmou Medina.

Ainda conforme o coordenador da força-tarefa, dos R$ 33 milhões pagos à empresa Veigamed pelo Governo do Estado, apenas R$ 11 milhões foram recuperados pela polícia até agora. “Logo que o dinheiro caiu na conta da Veigamed, foi retirado e distribuído para pessoas físicas e jurídicas”, informou Graziotin. Quanto aos respiradores, nenhum aparelho foi entregue à Secretaria de Estado da Saúde para o uso de pacientes com Covid-19.

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