A endometriose é uma doença que afeta hoje cerca de seis milhões de brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% e 15% de mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la e há 30% de chance de que fiquem estéreis.
Se caracteriza como uma doença inflamatória estrogênio-dependente, ou seja, ela progride da presença desse hormônio que afeta o endométrio, tecido que reveste o útero. É definida quando temos a presença de um tecido semelhante ao endométrio aonde não deveria (no intestino, ovário, trompas, bexiga).
As mulheres que convivem com a endometriose têm muitas alterações hormonais, são extremamente inflamadas e têm um prejuízo no sistema imune. Tem sido associada a várias causas, desde genética até exposição no útero a toxinas ambientais.
Os principais sintomas são dores pélvicas associadas ou não ao período menstrual, sangramentos intensos ou irregulares, alterações intestinais e urinárias, dor nas relações sexuais e infertilidade.
A alimentação pode contribuir muito para modular esses processos. O foco deve ser em ajustar o peso da mulher, melhorar níveis de glicemia e insulina com a qualidade da alimentação, modular inflamação adicionando alimentos anti-inflamatórios e antioxidantes.
Bons hábitos devem prevalecer nessas mulheres: atividade física, boa alimentação, beber muita água e bom sono. Mas aqui uma lista de alimentos que não podem faltar:
- Chás anti-inflamatórios como o chá verde
- Açafrão da terra
- Gengibre
- Frutas roxas (uvas, framboesa, açaí, mirtilo)
- Oleaginosas
- Ômega 3
- Brassicas (couve, repolho, brócolis, nabo, couve flor)
- Frutas fontes de vitamina C (limão, laranja, goiaba, morango)
- Sementes (chia, linhaça, girassol, abóbora)
E uma lista dos que devem ser evitados:
- Farinhas refinadas
- Leite
- Glúten (trigo, cevada, aveia, centeio)
- Alimentos industrializados
- Alimentos com agrotóxicos
- Soja
- Álcool
- Óleos vegetais
- Açúcar
- Embutidos (presuntos, salames, etc)

Ana Cristina Hermann é formada em Nutrição pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) em 2012. Tem especialização em Nutrição Clínica Funcional e Fitoterapia pela PUC-PR e pós-graduação em Nutrição Materno Infantil Ortomolecular pela FAPES-SP. Atendimentos especializados em emagrecimento, fertilidade, gestantes, lactantes, bebês (introdução alimentar) e crianças.