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Esporte: Parque Ramiro não cede e áreas coletivas seguem vetadas. Por Emerson Luis

O governo do estado flexibilizou semana passada algumas atividades esportivas ao ar livre.

Com regras.

Umas com lógica (surf, skate, beach tênis).

Outras, nem tanto (basquete, vôlei e futevôlei).

Que podem ser praticados em praias, calçadões, ciclovias, locais ao ar livre e parques.

Esportes coletivos de contato, como futebol, profissional ou amador, ainda não estão autorizados nesses espaços e em nenhum lugar.

Bem como aulas nas escolinhas ou encontro de patotas nas quadras de soccer.

Prática de vôlei não está liberada no Ramiro. Foto: Divulgação

Desde então fiquei me perguntando:

Como jogar basquete e vôlei com esses “regulamentos” que pedem, por exemplo, que se mantenha quatro metros de distância entre um praticante e outro?

Quem consegue “brincar” o tempo todo com uma máscara no rosto?

O cara, uma hora ou outra, vai levar a mão aos olhos, na boca, vai suar, pois as duas modalidades exigem muita intensidade, sobretudo o basquete.

É uma das prerrogativas.

Está liberado desde que antes de tocar o rosto faça-se a higienização das mãos.

Seria mais prático ter exigido o uso de luvas.

Enfim, quase ninguém vai conseguir se adaptar.

É necessário, obrigatório o uso de máscaras, temos de cumprir a determinação, mas convenhamos, se já é desconfortável no uso diário, no trabalho, imagina praticando uma atividade física.

Zagueiro treina na Alemanha com máscara. Foto: agazeta.com.br

Foi pensando nisso que Prefeitura e Vila Germânica (que administra o Parque Ramiro Ruediger) decidiram não liberar nada.

Cabe ao município acatar ou não uma determinação como essa do governo.

Não pode é descumprir.

Logo, tudo segue como antes, como determinado no dia 21 de abril, após a reabertura da estrutura.

Continuam lacradas as quadras de basquete, vôlei, tênis (que não consigo entender porque se o esporte é individual), skate, futebol, academia ao ar livre (também não compreendo) e parquinho.

O espaço segue tolerado apenas para caminhadas, corridas e bicicletas.

Depois da Polícia Militar informar que não havia cabimento em vetar a área verde, está permitido relaxar no gramado ou bater uma bolinha com as crianças.

Não pode é ter aglomero.

Basquete segue vetado. Foto: Camila Mello

Segundo um servidor com quem conversei, o pico da frequência ocorreu neste sábado (2) quando o Ramiro recebeu cerca de 400 pessoas em determinado momento – deve ser superado hoje por volta das 17h.

O local já chegou a ter 3 mil pessoas em um fim de semana.

400 usuários.

Esse é o “limite” decidido para efeito de controle do fluxo.

Limite, convenhamos, muito subjetivo.

Até porque tudo é feito no olhômetro ou no chutômetro.

Não há catracas na entrada (o único acesso é pela rua Alberto Stein) e não há sistema de monitoramento.

Além disso, o patrulhamento de bikes da PM, que ajuda bastante quando está por lá, não funciona aos sábados e domingos.

São apenas dois funcionários, por turno, para controlar uma área de 40 mil m².

Para prevenir possíveis aglomerações e “infrações”, como levar seu cachorrinho para dar um passeio ou fazer um piquenique- em tese isso não está permitido.

Foto: Prefeitura de Blumenau

Me indigna saber que até hoje o parque não tenha câmeras.

Mas também quando cobro fiscalização e limite lembro das pracinhas cheias (com jogos de basquete, inclusive), dos bares, das conveniências, das filas nos bancos, lotéricas, do aglomero nos supermercados…

O que pode?

O que não pode?

Falta de fiscalização.

Falta de bom senso.

A mistura perfeita.

Como manda a receita.

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