InícioEmerson LuisEsporte: Exame de toque. Por Emerson Luis

Esporte: Exame de toque. Por Emerson Luis

Ser tocado hoje em dia virou sinônimo de receio, de ojeriza, de medo.

Se transformou em um dos principais argumentos para a proibição de algumas atividades.

Alguns critérios com estranhos convencimentos.

Foto: Internet

Cortei o cabelo esta semana.

Um serviço considerado essencial pelo governo.

Atendimento individual.

Com toques.

Foto: Internet

Estudos afirmam que tocamos nosso rosto pelo menos 20 vezes no espaço de uma hora.

Perdi a conta de quantas vezes meu couro cabeludo foi gentilmente amaciado.

Molha, esfrega, enxágua, seca…

E em seguida o corte.

Onde também ocorrem…toques.

Não dá para fazer as costeletas com máscara.

Fui ao mercado hoje.

Pelo comprovante foram 40 itens que tive contato.

Primeiro com o carrinho.

Depois com o frasco de álcool gel.

Em seguida com os produtos que tirei das gôndolas.

Retirados novamente para passar no caixa.

Mais 40 contatos com as embalagens.

Ainda cartão de crédito, de estacionamento.

Filas.

Fui também a uma casa de carnes e outra de bebidas.

Mais contato com plásticos, sacolas, latas, garrafas, dinheiro…

As mãos, antes e depois, devidamente lambuzadas em álcool gel.

E com máscara, claro.

É o suficiente?

Basta?

O medo afasta, assusta, contagia.

Foto: Internet

E é aí que entra o futebol, o esporte e as modalidades como um todo.

Até dias atrás era contra a volta dos treinos.

Mas avaliando todos os procedimentos de prevenção que estão sendo tomados (em comparação com o simples ato de usar máscara e besuntar a mão no álcool gel), as chances de alguém contrair a temida doença são menores.

O Campeonato Alemão retornou neste sábado (16).

Cada jogador e integrante da comissão técnica passou por um rigoroso isolamento de sete dias.

Do hotel ou das casas foram diretamente para o estádio sem torcida.

Teve um treinador que quebrou o protocolo: saiu para comprar pasta de dentes nesse período e foi proibido de entrar no campo.

Foto: Internet

Todos foram devidamente testados e negativados para a Covid-19.

Profissionais da Imprensa e diretores que ficaram nos camarotes tiveram a temperatura medida.

No banco, suplentes com máscaras e mantendo distância.

No campo, bola rolando, todos sem máscaras, com os contatos físicos normais de um jogo, como divididas de bola, acontecendo naturalmente.

E muito próximos na barreira, por exemplo.

Na hora do gol, comemoração com o cotovelo.

No final, cumprimentos dessa forma.

A maioria sem máscaras, conversando muito próximos um do outro.

Estamos falando de um país de primeiro mundo, rico e que começa a sair gradativamente do isolamento social, se despedindo do inverno.

Jogos do Campeonato Alemão foram retomados neste sábado.

A Bundesliga servirá de espelho para o mundo.

Se aqui teremos condições de voltar a campo, é outra história.

Não temos DNA.

Muito menos estrutura para fiscalizar e atestar o que é certo ou errado.

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