Esqueça a brincadeira no parquinho.
O piquenique com as crianças.
O romance na sombra de uma árvore.
Lagartear com os amigos no pôr do sol.
As peladas de futebol na areia.
Os jogos de vôlei.
Os encontros do basquete.
As partidas de tênis.
As manobras na pista de skate.
As flexões na academia.
O passeio com seu bichinho de estimação.
Nada será permitido.
Tudo está vetado.
Por enquanto.
Oficialmente estão liberadas as duas pistas de concreto do parque.
Uma para caminhadas e corridas.
A outra para as bicicletas com seu corredor exclusivo.
Todos devem estar devidamente de máscaras.
É obrigatório.
Quem não usar, não vai entrar.
Mantendo uma distância de aproximadamente dois metros.
O álcool gel poderá ser encontrado junto aos sanitários.
São algumas das exigências.
Além do bom senso.
Aqui deve residir o principal problema.
A reabertura após 33 dias se dará por um único portão.
Aquele que é considerado o principal.
Que fica na rua Alberto Stein.
O acesso nesta quarta-feira (22) será das 5h às 23h.
Um funcionário vai ficar na portaria.
Vai orientar.
Fiscalizar será outra história.
Como controlar o fluxo de pessoas se não haverá, por exemplo, um limite de tempo para cada um?
A organização calcula que nesse primeiro momento deve-se ter cerca de 150 a 200 pessoas circulando de uma só vez.
A atenção maior é com o fim de semana.
Tanto é que que funcionários da Vila Germânica vão se revezar no sábado e no domingo para tentar conter a aglomeração.
São dois profissionais que irão trabalhar em cada turno.
Se o servidor entender que o fluxo chegou ao limite vai fechar o portão.
É aí que entra o discernimento de cada um.
Dar vez ao outro.
Ter empatia.
Uma hora de caminhada ou corrida ou ainda um rolê de bike já está de bom tamanho, ajuda bastante.
A maioria das regras são quebradas e burladas pela simples falta de fiscalização e punição.
Além, óbvio, da cara de pau das pessoas e a certeza da impunidade.
Já faz um tempo, no próprio parque, foi criada uma lei que proibia o uso de bebidas alcoólicas.
Que não deu em nada.
A galera bebe porque não há gente suficiente para reprimir e vetar o abuso.
Muito menos câmeras de monitoramento, o que convenhamos, é um absurdo em uma área daquele tamanho.
A liberação do Ramiro é bem-vinda.
Atividade física é essencial.
Assim como ser sensato.
