Desde o início da quarentena em Santa Catarina por conta da pandemia do novo coronavírus, muitos restaurantes e lanchonetes tiveram que fechar as portas e somente trabalhar com delivery. Pedidos feitos por telefone, site e aplicativos no celular viraram rotina na vida das pessoas. De lá pra cá, o movimento de motoboys e ciclistas aumentou fazendo entregas tanto de dia, quanto de noite. Estabelecimentos de todos os gêneros tentam atrair ainda mais os clientes, seja com brindes, com lanches extras e em dobro, ou então, usando a criatividade além do limite das ruas.
Em Ibirama, no Alto Vale, um empresário resolveu inovar e fazer uma entrega pelo ar usando um drone. Quando o decreto do Estado entrou em vigor, o proprietário do restaurante de comida japonesa, Ricardo Nardi, de 32 anos, não trabalhava com delivery e, por isso, teve que contratar entregadores para poder manter os outros 17 empregos. Logo de cara, ele começou a entregar drinks, selados em pacotes especiais, que fazem com que a bebida não perca a qualidade e possa ir junto com os pratos. O sucesso foi tanto, que ele expandiu o negócio entregando com agendamento prévio em oito cidades da região.

Para tentar chamar atenção, Ricardo teve uma ideia: fazer uma entrega experimental de sushi usando um drone. Ele então chamou um amigo, dono do aparelho registrado na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), fez vários testes durante o dia, todos bem-sucedidos. À noite, combinou com um cliente para entregar o prato atravessando o céu de Ibirama. Em aproximadamente três minutos, com o trajeto traçado para evitar acidentes, o sushi foi amarrado no drone com cordões e levado até a residência.

Mesmo tudo tendo ocorrido sem contratempos, o empresário explica que para fazer as entregas pelo ar é preciso de autorização da Anac, além de um aparelho maior, como é utilizado pela Amazon, nos Estados Unidos. “Precisamos pensar além da crise, motivar as pessoas. Afinal, ela já está aí e queremos nos manter vivos no mercado e também na memória afetiva das pessoas. Esse drone simples custa, em média R$ 6 mil, já um aparelho para cargas pode chegar a casa dos R$ 20 mil. Por isso, nesse momento, é inviável operar comercialmente, mas a experiência está agora na memória dos clientes,” conta Ricardo.
Veja o vídeo da primeira entrega de sushi no Brasil feita com drone: