A Prefeitura de Blumenau atualizou nesta sexta-feira (24) a projeção do avanço do coronavírus na cidade para as duas próximas semanas. Esta foi a terceira estimativa lançada pelo estudo, que é realizado em conjunto pela Prefeitura, Unimed e Furb.
De acordo com a projeção mais otimista, a cidade deverá contar com 163 casos confirmados no dia 8 de maio – cenário muito diferente da primeira projeção realizada pelos estudiosos, onde a previsão apontava pelo menos 200 casos confirmados na cidade até a última quinta-feira (23).
Segundo o prefeito, as mudanças dos cenários só foram possíveis graças à colaboração da população, que se manteve em isolamento domiciliar e adotou condutas de higienização, evitando assim uma maior propagação do vírus.
“Quando fizemos a primeira projeção, Blumenau estava ultrapassando o quadro mediano e quase chegando ao pessimista”, disse Hildebrandt, justificando a mudança nas projeções. “Depois os novos casos se equilibraram e conseguimos encostar na linha otimista, chegando ao dia 17 de abril com 84 casos e baixando as projeções“.
A nova projeção divulgada nesta sexta apontou ainda os números referentes ao quadro pessimista – ou seja, a realidade que Blumenau vivenciará caso perca o controle do avanço do coronavírus. Segundo o estudo, a cidade poderá contar com até 546 casos no dia 8 de maio, caso isso aconteça.
Ocupação hospitalar
O prefeito divulgou ainda um tópico inédito do estudo: a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na cidade nas próximas semanas. Atualmente, cinco pessoas se encontram nesta condição. Segundo os pesquisadores, o número deve aumentar para 19 pessoas internadas até dia 8 de maio – o correspondente a cerca de 18,8% de ocupação dos hospitais da cidade.
Caso a situação chegue ao cenário pessimista, o número de pessoas demandando cuidados intensivos em UTI pode chegar a 61 – o correspondente 60% da capacidade total da cidade. Segundo o prefeito, o número é considerado perigoso, pois Blumenau recebe ainda pacientes de outras cidades da região, o que aumentaria significativamente a taxa de ocupação.
Além disso, os pacientes costumam ficar em média 14 dias internados durante o tratamento da Covid-19 – outro fator que dificulta o atendimento de um grande número de pessoas. Desta forma, a prevenção e a higienização seguem sendo fundamentais para que a cidade não vivencie um colapso na saúde pública.
