InícioGeralCoronavírus: Alunos da rede pública estadual terão aulas não-presenciais

Coronavírus: Alunos da rede pública estadual terão aulas não-presenciais

A Educação em Santa Catarina não tem prazo definido para voltar à normalidade, frisou o secretário de Estado da Educação, Natalino Uggioni, durante entrevista coletiva realizada com integrantes do Governo do Estado na noite desta segunda-feira (6). A alternativa temporária serão aulas não-presenciais com os alunos da rede pública estadual.

Segundo o secretário, a Secretaria de Educação (SED) tem trabalhado intensamente para planejar as atividades, mas tem esbarrado em desafios consistentes – como os problemas estruturais nas residências dos alunos. De acordo com os dados coletados pela Secretaria, cerca de 42% dos estudantes da rede pública estadual não possui computador em casa, e outros 12% afirmam não ter acesso à internet em suas residências. Além disso, 8% dos professores da rede também não possuem acesso à internet em suas casas.

Desta forma, a Secretaria tem trabalhado com base nessas informações e estabelecendo novas ações. Por ora, decidiu-se que os alunos que têm acesso à internet receberão o material e farão as atividades de forma online. Os demais poderão retirar apostilas na escola ou receber em casa. Nesse caso, a retirada poderá ser feita pelos pais. As atividades feitas pelos alunos também serão entregues nas escolas e encaminhadas aos professores para acompanhamento. 

Em último caso, os alunos que não conseguirem ser alcançados pelo plano poderão comparecer às unidades de ensino. Segundo o secretário, todas as escolas estarão preparadas para receberem alunos, com todas as regras de distanciamento e prevenção advindas da Secretaria de Estado da Saúde. A recomendação, porém, é que os mesmos permaneçam isolados em casa e realizem as atividades ofertadas no planejamento.

“Até o dia 17 faremos um trabalho de organização para atingir até 80% dos 540 mil alunos da rede pública estadual”, afirmou Natalino. “A ideia é chegarmos no dia 22 a plena carga, com todas as turmas organizadas para dar sequência ao ano letivo conforme o currículo e o plano pedagógico definido pelo professor”.

De acordo com o secretário, mais de 19 mil professores já participaram da capacitação no meio digital – adesão considerada imensamente significativa. Segundo ele, esta é uma grande oportunidade para o futuro e para uma verdadeira transformação na educação, acrescendo a tecnologia a esta realidade.

Soluções

A Secretaria de Educação encontrou duas soluções com base nos dados coletados, divulgou Natalino. A primeira, para alunos com acesso à internet, contempla o envio de atividades e as interações com a turma e o professor por meio da plataforma Google Sala de Aula (Classroom).

Professores e alunos têm pelo menos mais três ferramentas de apoio para o acesso a conteúdos por etapa de ensino, que são o livro didático, a área de Recursos Digitais de Aprendizagem do site da SED e o SED Digital, um banco gratuito de cursos a distância, com conteúdos de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Há manuais específicos tanto para os alunos quanto para os professores acessarem suas contas e usarem a plataforma Google Sala de aula.

Para alunos sem acesso à internet, será realizada a entrega de material impresso, com a complementação de disparos de mensagens em SMS e um número 0800 para dúvidas sobre a busca de conteúdos impressos por região. O 0800 está em implementação e o número será divulgado nos próximos dias.

Alimentação escolar

Natalino falou ainda sobre a alimentação escolar. Segundo ele, o Estado tem ciência da importância da alimentação ofertada na escola para um grande número de estudantes. Diante disso, um plano está sendo formulado para organizar a distribuição dos produtos em formas de kit para as famílias dos estudantes.

A plano prevê que os produtos sejam adquiridos através da Agricultura Familiar, que serão entregues em centros de distribuição e repassados às famílias, que poderão buscar os alimentos nas escolas ou solicitar a entrega em suas casas. Além de garantir a alimentação dos estudantes e seus familiares, o plano também irá fortalecer a economia dos pequenos agricultores catarinenses.

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