Até esta segunda-feira (23), Portugal, na Europa, já contabilizava 2.060 casos confirmados de Covid-19, além de 23 mortos. São mais de 13.600 casos suspeitos da doença em todo país. Há o registro de nove mortes no Norte do país, cinco na região central, oito na zona de Lisboa e Vale do Tejo, e um no Algarve.
Vivendo há quase um ano na cidade de Guimarães, ao Norte de Portugal, a jornalista e empresária Ana Paula Ruschel conta que todo país está em quarentena, com as pessoas isoladas dentro de casa. Assim como no Brasil, ela acompanhava à distância o avanço do coronavírus no mundo e no continente europeu.
Em 7 de março, descobriram o primeiro caso em Guimarães e foi aí que tudo mudou. “Depois desse dia, tudo virou de cabeça para baixo. As aulas das crianças foram suspensas, eventos cancelados ou remarcados. Em frente ao hospital, instalaram uma barraca como um ambulatório de campana,” relata Ana.
Por conta da situação de emergência que vive o país, Ana disse que nos mercados houve certa correria entre a população, mas muito diferente do que ela viu em relação ao Brasil. “Chegou a faltar alimento, mas logo as empresas conseguiram repor. Pediu-se muito para as pessoas não estocarem, ter tranquilidade e consciência”.
“Nos mercados, por exemplo, há marcações no chão identificando o local em que você deve ficar na fila para manter distância dos outros clientes. Já perto dos caixas instalaram divisórias de acrílico que separam os funcionários. Há corredor para entrar e para sair do estabelecimento, sem contato”, relata a jornalista.
Ana reforça a importância das pessoas ficarem em casa, não só em Portugal, mas em todo Brasil. “Aqui, o país tem muitos idosos e, por isso, a preocupação é grande. Temos que ter consciência com o próximo, tranquilidade e equilíbrio emocional. A coisa não é brincadeira,” finaliza a jornalista.
