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Coronavírus: blumenauenses que viajaram para a Europa e os Estados Unidos

O isolamento social que vivemos em Santa Catarina a partir desta quinta-feira (19) segue o protocolo já adotado por outros países, que foram afetados pelo coronavírus antes. Quem esteve na Europa ou nos Estados Unidos nos últimos dias, fez um test-drive de tudo isso, antes do Covid-19 chegar ao território nacional. É o caso de blumenauenses que viajaram ao exterior e conversaram com a equipe do Portal Alexandre José.

Europa

O jornalista Diego Becker esteve de férias durante 20 dias na Europa passando pela França, Portugal, Holanda e Inglaterra. Ele embarcou no dia 26 de fevereiro e retornou ao Brasil em 15 de março. Ao sair do nosso país, ele sabia dos cuidados que deveria tomar, como usar constantemente o álcool em gel. Porém, de lá pra cá, a proliferação do vírus aumentou muito por todo continente.

“Desde o dia 9 de março, quando cheguei em Londres, percebi que a população começou a se preocupar ainda mais com o coronavírus. Os banheiros públicos disponibilizavam álcool em gel para as pessoas gratuitamente. Na porta das farmácias, uma atendente já entregava um pequeno tubo de álcool para as pessoas comprarem. Muita gente usando máscaras em locais públicos.

As pessoas limpavam as mãos com lenços higiênicos e produtos que eliminam bactérias e vírus o tempo todo, ao saírem do metrô, trem ou avião” conta. Durante esse período, países como a França fecharam vários locais que recebem milhões de turistas, como o Museu do Louvre e o parque da Disneyland Paris. Por sorte, Diego conseguiu visitar essas atrações dias antes da interdição.

Mas o medo do brasileiro era que as companhias aéreas começassem a cancelar os voos. Diego voltou para o Brasil fazendo conexão no Aeroporto de Madrid, na Espanha, um dos países europeus mais afetados pelo Covid-19 e que, inclusive, decretou situação de emergência. Por conta disso, ao aterrissar no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, nenhum passageiro pôde levantar dos assentos sem antes ouvir as instruções do Ministério da Saúde.

“O recado foi repassado em três línguas e foi bem claro: se alguém estivesse com algum sintoma deveria avisar imediatamente a equipe de comissários ou, se sentir algo posteriormente, o órgão de Saúde da sua cidade. Por todo aeroporto, havia avisos sobre a etiqueta da tosse e a importância em ficar em isolamento, já que há o período de incubação do vírus,” finaliza. Seguindo a recomendação do Ministério da Saúde, Diego está em casa, em isolamento, por sete dias, sem qualquer sintoma.

Museu do Louvre, em Paris, cheio de visitantes, no dia 27 de fevereiro. Foto: Diego Becker

Estados Unidos

A empresária Vanessa Borck Hostin embarcou para os Estados Unidos no dia 05 de março e passou dez dias em Nova Iorque. A viagem estava planejada há meses, quando nem se falava do coronavírus. Ao chegar lá, a blumenauense ainda encontrou muita gente nas ruas, na famosa Times Square, nos pontos turísticos mais tradicionais, mas, aos poucos, o movimento foi diminuindo, conforme ao avanço do Covid-19.

“Estivemos no Museu do 11 de Setembro, na Estátua da Liberdade e também assistimos um jogo de basquete na NBA em um estádio fechado. Ainda estava tudo normal, ninguém usava máscara. Mas depois, foi tudo fechado”, relata Vanessa. Nas farmácias, havia prateleiras vazias de lenços e papel higiênico. Toda aquela multidão que costumava se ver nas ruas se resumia a pequenos grupos de pessoas – todos turistas.

Ao voltar para o Brasil, no dia 14 de março, Vanessa também recebeu orientações em todos os aeroportos que passou (Nova Iorque, São Paulo e Navegantes). As mensagens indicavam que os passageiros deveriam procurar atendimento se tivessem um ou mais sintomas, como tosse, dor de cabeça, dificuldade para respirar. Não foi o caso da empresária, que passa bem e seguiu direto pra casa.

Veja o vídeo feito por Vanessa na Times Square no dia 6 de março:

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