InícioEmerson LuisEsporte: Blumenau Futsal rejuvenesce. É um risco? Talvez, por Emerson Luis

Esporte: Blumenau Futsal rejuvenesce. É um risco? Talvez, por Emerson Luis

A experiência pesa em uma competição?

Com certeza.

Sobretudo em partidas decisivas no estilo mata-mata.

A frieza na cara do gol, por exemplo, é construída com tempo e confiança.

O cara não sente a pressão.

Só que não é fácil encarar uma temporada como a nossa e jogar em alto nível sempre.

O corpo berra.

A rotina é puxada.

Muitas vezes chata.

São jogos até duas, três vezes por semana.

Viagens longas e desgastantes – geralmente de ônibus.

Não dá tempo para se recuperar.

E nem todo veterano reúne pique e motivação para encarar um calendário tão cruel.

Os goleiros geralmente são exceção.

É o caso do Ivan.

46 anos.

Ainda com muito sangue no olho.

Goleiro Ivan em um dos jogos da Liga Futsal. Foto: Divulgação

Faço essa introdução para lembrar que o camisa 18 passa a ser, de novo, o atleta mais experiente do elenco blumenauense.

Seguido de Rafinha (remanescente do grupo campeão dos JASC de 2019).

E Rodrigo Lopes que está de volta (por último jogou em Itajaí).

Ambos começaram na Apama e têm 27 anos.

Rodrigo Lopes é um dos reforços. Foto: Liga Nacional de Futsal

Quem está próximo dessa faixa etária é o ala Buguinha, 26 anos, que vem do Guarany de Espumoso RS.

Chamou a atenção da comissão técnica na campanha campeã de Benedito Novo (Curitibanos/Joaçaba) no Torneio de Verão de Indaial.  

Buguinha veio do Guarany de Espumoso RS. Foto: Internet

Diogo, Dudu e Rudi estão com 24 anos.

Aliás, cabe um parêntesis sobre Rudi.

Arrebentou em 2018.

Oito gols em 14 jogos.

O clube apostou muito no seu desempenho no ano seguinte. 

Só que por conta de uma lesão no joelho, não jogou uma partida sequer.

O atleta quando passa por uma cirurgia e retorna nunca mais é o mesmo.

Volta melhor. 

Ou não.

Não existe meio termo. 

Espero que Rudi se recupere bem, pois em forma, faz a diferença, vai ajudar bastante.

Rafinha, Ceará e Rudi. Foto: Sidnei Batista

Apesar da campanha ruim na Liga Nacional quando terminou com a pior campanha entre os 19 participantes (3 vitórias, 2 empates e 13 derrotas), muitos jogadores se valorizaram.

E foram embora. 

Não deu pra segurar. 

Normal. 

Proposta melhor, o cara se manda mesmo.

É assim em qualquer modalidade. 

Sete perdas. Seis na verdade. 

Ceará foi para o Marreco PR.

Ruan acertou com Jaraguá.

Libânio voltou para o Minas MG.

Yure se debandou para a República Tcheca.

William “Negão” negocia com Campo Mourão PR.

Já o desligamento do veterano Márcio (38 anos) já era esperado.

Virou supervisor no Jaraguá.

O time também não conta com o pivô Daniel, campeão dos Jogos Abertos, que fechou com Jaraguá.  

Ruan acertou com Jaraguá. Foto: Sidnei Batista

Estamos falando de jogadores experientes em sua maioria. 

E com qualidade.

Para suprir essas ausências foram anunciados como colocado, os pivôs Rodrigo Lopes e Buguinha. 

Além do ala Diogo, campeão da Divisão Especial por Joaçaba. 

Jogadores rodados.

Mika, 23 anos, prata da casa, não é mais nenhum moleque. 

Só que os demais são.

E aqui não uso a expressão com desdém ou preconceito. 

Pelo contrário.

O menino tem que participar desse processo mesmo. 

Se vai dar certo é outra história. 

Só “indo pro estouro” como se diz, pra saber.   

Esse trabalho de transição e de valorização com meninos que atingem a idade limite na Apama e são promovidos é essencial.

Casos do goleiro Henrique e do ala Vini, os dois com 17 anos.   

Outros dois reforços têm 20 anos. 

Julian veio do Joinville e Piva do Concórdia. 

Acrescente nessa lista Kelwin, Dé e Simas de 19 anos. 

E o Alan de 20.

Sem dinheiro para trazer atletas mais cascudos, não resta outra alternativa.

Mika tem 23 anos e é prata da casa. Foto: Sidnei Batista.

Costuma-se dizer que o atleta atinge o auge do rendimento com 27 anos.

A Alemanha campeã do mundo de 2014 teve média de idade de 26,4 anos.

Só que o Brasil, em 1962, levantou a taça no Chile, com 30 anos de média, até hoje a mais alta.

E a média da nossa equipe de futsal é de 22 anos. 

Fisicamente, ótimo. 

Técnica, tática e mentalmente longe do ideal. 

Em tese. 

Se eu cravar que esse time vai arrebentar vou estar mentindo. 

Sobretudo na Liga, onde a pegada é outra. 

A maioria dos adversários têm investimento infinitamente superior. 

Estão em outro patamar. 

Não dá para bater de frente. 

Diria que é impossível. 

É o que temos, é o que dá pra fazer. 

E diante de um orçamento enxuto (onde um treinador precisa bater de porta em porta atrás de parceiros), nos resta apoiar o projeto e dar um voto de confiança.

Jogos do time no Ginásio do Sesi. Foto: Sidnei Batista

Poderíamos ser mais fortes se jogássemos a Liga no Galegão. 

Esqueçam. 

Prometo que não toco mais nesse assunto. 

Sabe quando vão ampliar a quadra?

Nunca! 

Conseguiram perder a planta do ginásio. 

Já passou da hora de se pensar na construção de uma Arena Multiuso. 

Esse ano, o Complexo Esportivo do Sesi ainda vai nos salvar. 

Em 2021, não sabemos. 

O tempo urge.  

Time foi campeão da Copa SC em 2017, no Galegão, no primeiro ano de fundação. Foto: Divulgação

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