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Blumenau Futsal se despede da Liga Futsal essa semana, mas já planeja 2020

Por Emerson Luis

A campanha blumenauense ficou muito aquém da expectativa criada que era no primeiro momento passar de fase.

O time tem a pior campanha entre os 19 participantes com uma performance de três vitórias, dois empates e 12 derrotas.

Também possui o ataque menos eficiente com 24 gols marcados contrastando com a 11ª defesa menos vazada e os 44 gols sofridos, o que comprova o forte trabalho de marcação empregado pelo técnico Alexandre Melo. Só isso não bastou.

Técnico Alexandre Melo. Foto: Sidnei Batista

A Liga Nacional foi duríssima, uma das mais equilibradas e competitivas dos últimos anos. Com um elenco enxuto, a equipe sofreu com as lesões e a falta de opções. A imaturidade também pesou, embora façam parte do elenco jogadores rodados como Ivan, Márcio e William. A perda de atletas importantes antes da competição foi outro fator importante. De todo modo, o time não rendeu, não encaixou. Só que dentro desse turbilhão de problemas não dá para esquecer de um detalhe crucial: a falta de dinheiro que refletiu no cronograma da temporada.

Nessa entrevista que tive com o técnico Alexandre Melo, ele destacou esse e outros pontos vitais que influenciaram na montagem do time e no desempenho em quadra.

Verba

“Quando você joga uma competição desse tamanho é preciso planejamento, organização. Nós encaminhamos a compra da vaga no ano passado depois de uma campanha maravilhosa. Chegamos inclusive a liderar a Liga, terminamos em 10º lugar até a eliminação no playoff para Marechal Rondon PR. Foi um retorno muito bacana, uma grande resposta de um grupo onde a maioria era de Blumenau. A gente conseguiu manter praticamente a mesma base de 2017, com destaque para o título da Copa Santa Catarina, logo no início do projeto do Blumenau Futsal. Esse ano tivemos de investir R$ 620 mil para adquirir a vaga na Liga Nacional, o que consumiu grande parte do investimento”.

Patrocínio

“Outro problema foram os acertos com os patrocinadores que não se concretizaram. Estamos esperando desde o final de 2018 a assinatura desse contrato. A organização e o planejamento que tínhamos projetado não derem certo e isso limitou bastante as nossas opções para estar formando a equipe”.

Desfalques

“Com a boa campanha do ano passado perdemos importantes jogadores. O Pica Pau foi para a Itália. O Lucas chamou a atenção do Sorocaba SP e foi embora. O goleiro Diego também acertou com o futsal italiano. O Dão seguiu o mesmo caminho. Ainda perdemos o pivô André faltando três rodadas para o fim da Liga. Nosso artilheiro recebeu convite e viajou para a Itália. Todos esses detalhes atrapalharam”.

Foto: Sidnei Batista

Juventude

“Para jogar uma competição como a Liga é preciso ter atletas experientes e alguns garotos sentiram a falta dessa vivência. Mantivemos uma base com seis jogadores de 2018, demos oportunidades para cinco jovens campeões na categoria Sub 17 pela Apama e trouxemos outros atletas. A falta de dinheiro nos impediu de ter um time mais competitivo”.

Lesões

“Sentimos muito. O Rudi desde o ano passado convive com uma cirurgia no joelho, tentou voltar e não conseguiu. Inclusive no final do mês deve operar novamente. Ele foi um dos nossos principais jogadores. Fez muita falta. O Mica sofreu com uma lesão muscular que o afastou de 12 a 13 semanas. Yure e William tiveram três lesões musculares. Sofremos com o elenco reduzido e a rodagem da quadra foi muito grande”.

Foto: Sidnei Batista

Sesi

“Precisávamos nesses últimos jogos em casa vencer e não conseguimos. Fizemos um grande jogo contra Carlos Barbosa RS e perdemos por 1 x 0, empatamos com o Pato PR em 0 x 0, empatamos com Jaraguá em 2 x 2. Na reta final era necessário fazer de seis a sete pontos, não conseguimos, faltou qualidade, temos nossa parcela de culpa. Deixamos a desejar principalmente na hora da finalização, fundamento que cobramos muito desde 2018 e que nos fez falta em momentos decisivos dos Jogos Abertos, Divisão Especial e Liga Nacional”.

Apoio

“Gostaria de ressaltar o apoio dos torcedores e dos nossos patrocinadores que nesses dois anos e meio nos deram uma condição de estar jogando a Liga Nacional. Esse ano não tivemos um público tão grande como em 2018, mas a média foi de quase 1000 torcedores por jogo. Por isso, o nosso agradecimento especial ao torcedor e aos patrocinadores. Não posso esquecer da Fundação Municipal de Desportos, um dos pilares do clube, que nos dá a condição de participar das competições. É uma gratidão profunda de quem já vive do futsal há mais de 30 anos e sabe o que esse apoio representa”.

Foto: Sidnei Batista

Futuro

“Primeiro temos de fazer uma boa partida contra Sorocaba SP. Depois focar no estadual e posteriormente nos Jogos Abertos. Será importante para avaliarmos os jogadores. Fora de quadra, a expectativa é que ainda esse mês fechamos com o patrocinador que pode nos dar a condição de sonhar com algumas ideias. Queremos montar o time Sub 20, fazer mais peneiras com essa faixa etária, implantar os polos de futsal nas escolas, reforçar a comissão técnica com mais um profissional, formalizar o projeto de isenção fiscal em Brasília DF. Com isso podemos nos fortalecer para 2020 com mais tempo e estrutura, para alcançar o que não conseguimos esse ano. A Liga mostrou que para brigar por alguma coisa nesse nível técnico que ela se encontra, sendo uma das competições mais equilibradas do mundo, precisamos estar em busca dessa melhor organização e performance”.

Despedida

O último dos 18 jogos disputados na mais importante competição do salonismo brasileiro será na próxima sexta-feira (6), às 20h15, no Ginásio do Sesi, contra Sorocaba SP.

Sem chances e só cumprindo tabela, o preço do ingresso será promocional: R$ 5.

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