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Artigo: a vagabundagem sabe que Blumenau está desassistida

Artigo de Luiz Carlos Nemetz

Assalto à mão armada. Tiros de fuzil. Rajadas de metralhadoras. Reféns num ataque à banco a plena luz do dia. Aonde? No Rio? Em São Paulo? Não, na pacata e ordeira Itoupava Central, em Blumenau (SC). Esse atrevimento é fruto do descaso do governador Carlos Moisés da Silva para com nossa cidade e região, percebido pela malandragem. A vagabundagem sabe fazer conta e conhece a falta de efetivo policial. Sabem que estamos desassistidos.

O episódio desta sexta-feira (6) foi a metros (sim, metros, de unidade da PM). Num lugar movimentado, com escolas, comércio, indústria. Pânico generalizado! Lembram do assalto no aeroporto Quero-Quero, com a morte de uma jovem? Foi nesse governo. Cadê as providências? E o governador não vem aqui e vai no CIC cantar e tocar violão? Vagabundagem aqui é pinto no lixo. Essa conta é sua, governador!

No mesmo dia, cara de pau, com medo da prensa e do enorme desgaste que está sofrendo por ser omisso, ausente e negligente conosco, correu assustado para anunciar de forma improvisada, sem consistência, a vinda – no futuro que não se sabe qual é – de 60 policiais militares, “quando se formarem, para suprir a histórica defasagem de efetivo ”. Sessenta é ilusório e irrisório. Só a vice-governadora tem 14 policiais militares ao seu dispor para sua segurança pessoal.

Blumenau é a terceira cidade em arrecadação do Estado de Santa Catarina. E, em proporção, é a que tem o menor efetivo policial. Os poucos que estão aqui, fazem milagres. E o governador conhece essa realidade. Precisou ocorrer um fato gravíssimo com repercussão nacional, para que ele – com ar de tanso – viesse às redes sociais fazer promessas. A cidade está ao abandono do governo do Estado. E fica quase todo mundo quieto?

O que é isso senão uma tragédia já consumada, onde a população em pânico, tem medo de sair na rua? Temos que dar um calor nesse comandante. E já! O dinheiro que ele destinou aos hospitais (a única movimentação que fez em 9 meses de governo) é troco. Que grande feito é esse? Acha que aqui somos trouxas? Não nos esqueçamos que temos a maior e mais qualificada saúde pública de alta complexidade do Estado e uma das mais gabaritadas do Brasil e do mundo (se fôssemos um país seríamos o 14º em transplantes do mundo).

Não temos Hospital Regional. O que veio de verba para cá é insignificante perto do que consomem as estruturas de saúde custeadas pelo erário do Estado. Queremos mais. Muito mais. Corta as mordomias, governador! As tuas e as da tua vice. Quem paga impostos, quer retorno. Se o retorno não vem, seguiremos sendo assaltados. Numa boa. Como cordeirinhos sob a bota do comandante deslumbrado e sob a mira do fuzil e da metralhadora da bandidagem. Daqui a pouco, vai ser comigo, contigo ou conosco. Não vai demorar. Até quando?

Texto assinado pelo advogado Luiz Carlos Nemetz

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